Mais de um mês depois de ser anunciado como treinador do Corinthians para a temporada 2023, Fernando Lázaro foi apresentado e concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, no CT Joaquim Grava.
Lázaro evitou falar sobre a escalação que pretende adotar, mas explicou algumas de suas ideias de jogo:
– O que eu penso: o time precisa ser equilibrado. Temos características para isso. Ter uma boa construção. Não trabalhamos com uma plataforma apenas. Extrair o melhor dos atletas. Colocar o que temos de melhor. O outro lado é complementar. Pressionar e defender bem, recuperar a bola. A ideia é essa: estar organizado para momentos de pressão, saber que não dá para pressionar o tempo todo, mas estar organizado para sofrer o mínimo. Depois, tentar construir o jogo, tudo isso independente da plataforma – declarou o treinador.
– Ideia de jogo é construir desde a primeira fase, sem riscos excessivos, construir e propor jogo, buscar espaço. Organização defensiva com marcação em bloco mais alto. Depois, estando preparado para todas as fases do jogo. Não deixamos de trabalhar mesmo tendo as nossas ideias principais – acrescentou.
Questionado se pretendia manter a estratégia adotada pelo antecessor dele, Vítor Pereira, que "rodava" a equipe titular com frequência, Fernando Lázaro disse ter outros planos:
– Claro que tem momentos diferentes, mas não é meu costume. Temos que saber como fazer. Decisões, momentos importantes, mas entendo que é uma decisão muito mais individual do que coletiva. Tenho que analisar bem caso a caso, jogo a jogo, mas não partindo de sempre alterar. Tenho que avaliá-los como diferentes também.
Filho do ex-lateral Zé Maria, ídolo do Timão, Fernando Lázaro tem 41 anos e está em sua segunda passagem pelo clube. A primeira começou em 1999, quando ele ingressou no departamento de informática, e durou até 2016, quando foi convidado para trabalhar com Tite na seleção brasileira. O analista participou da campanha na Copa do Mundo da Rússia e do título da Copa América de 2019. Já a segunda passagem começou em janeiro do ano passado.
O analista de desempenho assumiu interinamente o comando do Corinthians em duas oportunidades, após as saídas de Vagner Mancini e Sylvinho. Na primeira vez, ele conquistou duas vitórias em dois jogos. Depois, foram quatro vitórias e um empate em cinco partidas.
A estreia de Fernando Lázaro como técnico efetivo do Corinthians será no domingo, diante do Bragantino, fora de casa, às 16h, pela primeira rodada do Paulistão.
Veja outros trechos da entrevista de Fernando Lázaro:
Conversa com Tite
– Conversa foi muito boa, longa, pessoalmente. Falou muitas coisas. Falou de tudo e principalmente desse momento. Sabedoria, leitura. O que mais me marcou foi ter falado que a ansiedade é normal. Você nunca vai achar que está completamente dominando tudo. Não é assim. Disse que estou preparado, falou para ir com segurança, que com o tempo vou adquirindo experiência. Disse que quando retornou ao Corinthians continuou sentindo o frio na barriga. Faz parte desse momento.
Time para a estreia
– Estamos trabalhando com algumas possibilidades. Conseguimos trazer mais de uma possibilidade. Vai se basear pelos atletas, muda a estrutura, mas dinâmica de jogo não muda. Forma de construir, de se organizar varia pouco. Estrutura pode mudar. Não definimos para a estreia. Agora entrando realmente na semana. Pré-temporada tem excesso de treinos, o objetivo é mesmo a fadiga. Agora estamos em competição. De zagueiro, estamos trabalhando com elenco mais enxuto. Depois, as buscas de necessidades pontualmente. Para a zaga, o Caetano fez por merecer fora para retornar aqui. Oeste, São Caetano, CRB, Goiás... Subiu etapas. Depois, incorporaremos o Murilo. São cinco zagueiros. Temos três de seleções. Boa estrutura. Pontualmente vamos observar.
Relação com os atletas e hierarquia
– Não acredito que seja essa questão. Faz parte a brincadeira sobre titulares felizes, todos querem jogar. Primeiro, não acho que tenho que deixar de ser amigo. A relação existe com hierarquia, mas não necessariamente conflituosa. O fato de eu ter um tempo de participação no clube, com atletas, funcionários, não houve margem para confusão. Não vai ser agora.
Como recebeu a notícia e a família
– Foi muito bom. Sensação única, indescritível. Assimilei aos poucos. Tem o primeiro impacto e depois vai assimilando. Muito especial. Tem sido algo gradual de toda a trajetória. Vai permitindo ir se acostumando com as próximas possibilidades. Você pouco a pouco ir se ambientando a um próximo passo. Em relação ao lado familiar, a conversa com Zé foi muito legal, minha mãe, todos muito felizes, ansiosos por um início desse passo. Eles sabem muito bem o que representa. Alegria imensa pelo reconhecimento.
Cifut
– Muito tempo no Cifut, mas um pouco mais distante. Em 2021, uma participação na retomada do departamento. Ajuda muito conhecer o mercado, ter flutuado em outras áreas. Visualizar outros cenários. Atletas do nível e patamar do Corinthians. Nesse momento o Cifut está muito bem estruturado para dar conta. Não é minha prioridade. Claro que já está ciente do que está acontecendo, mas estou seguro com quem está lá.
Experiência com Vítor Pereira e chance de efetivação
– Trabalhar com uma comissão estrangeira não foi a primeira vez. De uma forma diferente agora, comissão maior. Trouxe possibilidade de visualizar cenário diferente do comum do nosso dia a dia. Traz mudanças, vamos tentando extrair o que tem de bom e de ruim. Foi uma ideia que foi acontecendo ao longo da incerteza com Vítor, projetando a pré-temporada, reapresentação em período atípico. Já começava a se desenhar um cenário. O primeiro sinal foi ter que fechar o ciclo na seleção brasileira, minha preocupação foi como encerrar isso na necessidade de abraçar tudo no clube. Todas as conversas foram positivas para acontecer o quanto antes e dar os passos necessários.
Permanência do Yuri Alberto
– Importante a aquisição do clube. Desde a primeira conversa nessa nova função, a minha opinião é que nossos maiores reforços estavam no nosso plantel. Com todo o caráter de qualidade, física, técnica, potencial de mercado. Boas posturas. Todos os aspectos positivo. Maycon, Yuri, Balbuena, Paulinho. O do Maycon era o mais urgente e do Yuri um projeto.
Para cm esse negócio de poupar os caras querem jogar jogo a jogo pra poder ter um ritimos e entrosamento
Na minha opinião o renato e o Juliano são diferentes vão dá muitas alegrias é anos deles so o merda do vp que não queria ver isso porque ja tava assinado cm o Flamengo agora a estoria é outra trabalhar juntos cm quem adimiramos fica mais fácil e vamos competir de ingual pra igual todos os capeonatos e vamos ser campeão disso tenho certeza Tmj Lázaro colocar o que tiver de melhor os caras gostam de vc e vai jogar pra vc
Se nao poupar um ou outro nao vai ter quem colocar no jogo seguinte.e renato e Giuliano nao deve jogar como titulares pois nao tem outro jogador para substituir o renato.