Nossos clubes da Série A lembram muito as famílias brasileiras de classe média: estão muito mais perto da realidade dos vizinhos pobres, mas se consideram ou se sentem próximas à elite europeia.


No Natal, a analogia, sob o aspecto capitalista da data, também é possível. Brinquedos caros, muitas vezes que não pertencem a nossa cultura, são sonhos de consumo maiores do que alguns achados mais em conta, produzidos por aqui, mas de desconhecimento daquela parcela do público que acha normal aquela ostentação brega e patética com bife de ouro...

Voltemos ao nosso futebol e falemos, apenas para ilustrar, ainda que a carapuça sirva para quase todos, dos nossos dois clubes mais populares, Flamengo e Corinthians: alguém acha que os importados Douglas Costa e Philippe Coutinho, para além da alegria momentânea da abertura do pacote, trarão mais alegria às crianças rubro-negras e alvinegras do que "lembrancinhas" ainda desconhecidas do nosso continente?

Quem deu mais retorno: Fausto Fera ou o "britânico" Willian? Algum rubro-negro satisfeito com o retorno técnico do Cebolinha?

Por falar em Flamengo e Corinthians, Vojvoda, que estava aqui do lado, foi um achado bem mais em conta e com um custo-benefício incomparavelmente melhor do Fortaleza do que o caríssimo e mentiroso Vítor Pereira. Viva a memória!

Feliz Natal, com muita saúde a todos, inclusive, claro, para todos os genros cínicos.