Antes de mais nada, é preciso dizer que a diretoria do Corinthians fez uma aposta de baixo custo com a contratação de Fernando Lázaro. O novo técnico do Timão é sim profundo conhecedor do clube (ele é filho do ex-lateral Zé Maria), possui uma relação bem próxima com todo o elenco corintiano (principalmente com os mais experientes) e já algumas das suas (boas) ideias táticas nas sete partidas em que esteve no comando da equipe após as saídas de Vagner Mancini e Sylvinho. A grande missão de Fernando Lázaro, no entanto, está na conquista da fanática torcida do Corinthians, que não parece ter digerido bem a chegada do treinador que vai substituir o português Vítor Pereira no ano que vem.
É óbvio que a grande pergunta que todo corintiano está se fazendo desde o dia 20 de novembro (data do anúncio oficial da chegada do novo comandante) é se ele vai conseguir dar conta do trabalho que terá pela frente. O elenco tem qualidade sim e há como fazer a equipe jogar com mais do que jogou nessa temporada. Mesmo sem a “grife” do seu antecessor ou de qualquer outro nome. No entanto, vale lembrar que Fernando Lázaro não deixa de ser uma aposta da diretoria. Assim como Fábio Carille e Osmar Loss foram. Ótimos profissionais, mas de estilos diferentes.
Apesar do recorte de apenas sete partidas, é possível sim falar sobre o estilo de jogo do novo técnico do Corinthians. Fernando Lázaro preza por duas coisas: saída de bola apoiada e ocupação dos espaços às costas das linhas do adversário. Ele passou a impressão de ser bastante flexível com relação a formações táticas e que sabe se adaptar às características dos jogadores. Na defesa, por exemplo, ele utilizou um 4-4-2 com Willian e Giuliano pelos lados, Róger Guedes como referência móvel e Paulinho um pouco mais próximo do ataque.