Além de metas previstas em documentos oficiais, como todo ano, a diretoria do Corinthians também terá desafios "extra-oficiais" a superar em 2023, temporada que marcará o último ano da gestão de Duilio Monteiro Alves na presidência alvinegra.
O primeiro passo é talvez o norte para o ano ser de sucesso: dar respaldo a Fernando Lázaro no comando técnico da equipe. O treinador participou de todo o planejamento da pré-temporada de 2023 e chega bem quisto pela diretoria por seus anos de clube, mas estará pressionando desde o início.
Embora conte com o apoio da Fiel, mesmo contrariada em parte, Lázaro não reúne experiência robusta como treinador de futebol e será colocado à prova depois de duas curtas experiências com treinador interino. Paralelo a isso, soma-se o fato de Vítor Pereira provavelmente treinar o Flamengo em 2023, o que gerou insatisfação no Corinthians.
Abaixo, muito além do novo treinador, o ge cita outros quatro desafios para a diretoria alvinegra.
Driblar ano político
Os bastidores do Parque São Jorge devem ferver em 2023. O clube já vive ebulição política em função da eleição em novembro do ano que vem, e o clima tenso só deve aumentar com o passar dos meses. É dever da diretoria manter o futebol afastado das politicagens, missão dura.
O grupo de Duílio gostaria de emplacar no Conselho Deliberativo a possibilidade de reeleição do atual presidente e a extensão do próximo mandato presidencial para quatro anos. A oposição, por sua vez, trabalhará fortemente contra tais possibilidades.
Ainda sem um candidato de consenso para lançar como sucessor de Duílio, a situação terá trabalho, reuniões e discussões ao longo da próxima temporada, enquanto o presidente tentará a todo custo conquista um título em sua primeira gestão.
Rejuvenescer elenco
Com jogadores de excelente capacidade técnica, o Corinthians, por outro lado, sofreu com problemas físicos em 2022. Cássio, Fagner, Gil, Balbuena, Fábio Santos, Paulinho, Renato Augusto, Giuliano, Júnior Moraes... São alguns dos atletas que já passaram dos 30 anos e não estão mais em fase ascendente na carreira e nem na forma física.
Paralelo a isso, o Timão terá Campeonato Paulista, Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores para disputar em 2023, com muitos jogos intercalados em intervalos curtos de descanso. É importante para o clube pensar em ter atletas jovens, capazes de aguentar o tranco de um ano que será puxado.
Dois bons exemplos são os dos jovens Yuri Alberto e Róger Guedes. Dupla que encarou sem grandes intercorrências sequências intensas de partidas no segundo semestre corintiano. Há também a necessidade de ter jovens para conseguir realizar vendas de atletas.
Controlar os gastos
Em que pese a necessidade de contar com jovens e bons jogadores no elenco para ter um grupo sólido em 2023, o Corinthians segue sem poder exagerar nos gastos. Fato que deve começar já a entrar em ação desde a contratação do novo treinador, que terá salário mais baixo do que tinha seu antecessor, o português Vítor Pereira.
Durante sua gestão, Duílio conseguiu estabilizar a dívida corintiana e fechou o primeiro semestre de 2022 com superávit de R$ 2 milhões, mas diminui-la de forma parruda ainda segue como desafio. O clube vive a expectativa de fechar o ano com superávit de R$ 10 milhões, mas a dívida total segue alta, na casa de R$ 1 bilhão.
Fiel torcedor
O programa de sócios do clube deverá ser totalmente repaginado em 2023, depois de um ano com alguns problemas na plataforma, como constantes saídas do ar durante vendas importantes de ingressos e reclamações dos associados.
Em seu último ano de gestão, Duilio promete entregar no novo programa, com novidades não só na plataforma de vendas, como também nas categorias de associados. Fazer com que o Fiel torcedor funcione corretamente é certamente um dos grandes desafios para 2023.