20/10/2022 09:31

Análise: Com coragem, Corinthians erra, conserta e colhe frutos para voltar a conquistar

Análise: Com coragem, Corinthians erra, conserta e colhe frutos para voltar a conquistar
O Corinthians foi para o estádio do Maracanã com coragem. O recado era claro: ousadia e nada de "levar para os pênaltis". O objetivo, segundo o próprio Vítor Pereira minutos antes de a bola rolar, era conquistar o título da Copa do Brasil contra o poderoso Flamengo no tempo normal.


Não foi isso que aconteceu, mas a final teve contornos dramáticos, para o bem e para o mal, seja pelo fator surpresa na escalação, seja pelo má atuação causada por isso ou, então, seja pela melhora clara no segundo tempo, o empate e as penalidades. O Fla levou a melhor.

A decisão foi para os pênaltis, mas talvez não da forma que o torcedor corintiano mais pessimista poderia pensar. De fato, o primeiro tempo não foi bom. A notícia positiva, porém, era de que, sacando Lucas Piton e colocando um ponta, o esquema habitual voltaria a funcionar e o dano colateral poderia ser estancado.

Vamos começar do início: o fator surpresa da escalação - também a "ousadia" colocada mais acima no texto - foi Lucas Piton na formação inicial, em uma linha de cinco jogadores à frente de Cássio.

O 5-3-2 já tinha sido utilizado por VP antes, curiosamente diante do próprio Fla, na única vitória alvinegra sobre o rival em 2022, quando Rodinei fez um gol contra - quis o destino que, na noite passada, o lateral convertesse a última penalidade.

No entanto, depois de primeiros cinco minutos agressivos e com um chute de Renato a gol, a estratégia da linha de cinco foi por água abaixo.

Independentemente da qualidade do time adversário - cheio de Arrascaeta, Everton Ribeiro, Gabigol, Pedro e outros -, o Corinthians bobeou e deixou o goleador sozinho frente a frente com Cássio. Nem Fagner deu a cobertura necessária pelo lado direito, nem Gil e Fausto conseguiram acompanhar a jogada. Fábio Santos também chegou atrasado.

Com apenas sete minutos, o placar já era 1 a 0 para o Flamengo. E os cariocas tiveram outras chances de ampliar, com um gol anulado por impedimento e outras chegadas, se não tão perigosas, que no mínimo tiravam o fôlego do torcedor corintiano. Parecia questão de tempo até o segundo gol rubro-negro, enquanto o primeiro do Corinthians estava bem longe de acontecer.

Ciente do erro que havia cometido, VP fez a modificação mais simples, colocando Adson no lugar de Piton, que realmente não foi bem e, com a formação proposta, acabou embaralhando a defesa corintiana e empacando a criação na frente.

Com Adson, o Corinthians tomou ar e equilibrou totalmente as ações. Apesar de o Flamengo estar quase sempre prestes a ampliar - houve outro gol corretamente anulado e uma defesaça de Cássio -, o segundo tempo foi todo dos paulistas.

Foram quatro chutes certos a gol na etapa complementar, além de oito outras chegadas - uma delas indescritível, da canela de Róger Guedes. Houve, também, mais cruzamentos, um deles o que originou o gol de empate de Giuliano aos 36 minutos.

Giuliano, que saiu do banco de reservas, assim como Mateus Vital, autor do cruzamento, assim como Adson. Se VP errou no início, consertou muito bem na metade final. Com o 1 a 1 no placar, o Timão, inclusive, esteve mais perto de virar o placar do que sofrer um gol, em um cenário bem diferente daquele visto no primeiro tempo.

Vale destacar uma queda brusca de rendimento do Flamengo. Os jogadores demonstravam cansaço e apatia, enquanto um nervoso Dorival Júnior berrava à beira do gramado. O Corinthians chegou a ter mais posse de bola em determinados momentos e o Fla, não acostumado a isso, a correr atrás da bola.

Fortalecido, o Alvinegro foi para os pênaltis. Com Cássio, viu a primeira cobrança, de Filipe Luís, ser defendida. Mas muita coisa está em jogo em uma disputa assim. Como disse o treinador português na coletiva: "tranquilidade, paz de espírito sob pressão, decidir bem e chutar bem".

Nem sempre todo mundo tem isso. Foi a vez, assim como o lateral flamenguista, de Fagner e Mateus Vital não terem sorte (e tranquilidade e paz de espírito e decidirem bem e chutarem bem) e mandarem suas cobranças para fora.

A lição? Esse Corinthians não chegou longe, foi até onde deveria sempre estar: em finais. Começou mal, consertou, não deu. Isso não significa retrocesso.

Dói muito nos jogadores, na comissão técnica, na diretoria e, principalmente, no torcedor. Mas, pensando em retrospectiva, seja na competição ou na própria temporada como um todo, quantos pensavam que o clube estaria disputando esta final em 2022?

Não é se contentar com pouco, é colocar os pés no chão e ter a certeza de que, com o iminente fico de Vítor Pereira, planejamento e reforços pontuais, o Corinthians vai ousar, incomodar e conquistar.


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Kleber Vellenev     

Os frutos que tinha para colher éra os 60 milhões que não ganhou e que serviria para contratar um craque para o meio, o Pedro do Guarani e dois pontas velozes que furem qualquer defesa, agora já éra, dá uma dor ver o meu time do Coração com prata no peito, más que o Flamengo não foi macho para ganhar do Corinthians no campo de batalha nos dois jogos não foi, ganhou só nos pênaltis e na sorte, não foram machos!

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