O Corinthians não leva vantagem alguma para o Maracanã, dia 19, no jogo de volta da decisão da Copa do Brasil, mas está vivo na busca pelo tetracampeonato.


O 0 a 0 contra o Flamengo, nesta quarta-feira, na Neo Química Arena, frustrou o torcedor pelo desejo de chegar ao Rio com algum trunfo e mais esperança. E doeu na Fiel pelos erros da arbitragem, que não expulsou João Gomes e ignorou o pênalti de Léo Pereira – lances muito reclamados pela diretoria e pelo técnico Vítor Pereira.

Mas, pensando em futebol, o Corinthians teve êxito por se mostrar forte contra o Flamengo, conseguindo até momentos de superioridade em parte do jogo, mais na etapa inicial.

Nesta mesma Neo Química Arena, o Corinthians levou um 5 a 1 do Flamengo em 2020, um 3 a 0 em 2018 e um 3 a 1 em 2021. Na Libertadores deste ano, fez bons 30 minutos, mas fechou o primeiro jogo com derrota por 2 a 0 que acabou encaminhando a eliminação – confirmada com nova derrota no Rio.

O Corinthians finalista da Copa do Brasil se mostrou um time maduro. Seguro defensivamente, organizado, com espírito de luta em grandes decisões, que sabe forçar erros na marcação-pressão, que é capaz de contra-atacar com perigo, como nos lances de Yuri Alberto e Giuliano.

O clube rubro-negro teve as melhores chances na segunda etapa, quando foi melhor, parou no travessão com David Luiz e viu Cássio operar um milagre em finalização de Gabigol. Mas o Corinthians, mesmo com as saídas de Renato Augusto e Róger Guedes, se manteve ativo.

Foi um jogo de muito equilíbrio, com bons duelos, com destaques individuais defensivos no caso do Corinthians, como Cássio, Gil e Fausto Vera. Também com boas tramas construídas pelos jogadores de ataque, mas sem gols.

O 0 a 0 tira o peso da atuação, mas não pode ser desvalorizado.

O Flamengo segue com o mesmo favoritismo que já tinha. O fator casa pesa muito, o ambiente do Maracanã estará completamente favorável para o rival. Mas o Corinthians já mostrou que vai competir, que tem futebol para, em ao menos alguma parte do jogo, ser superior ao adversário.

Num duelo deste tamanho, com clubes desta tradição, um título fora de casa seria histórico, mas não pode ser considerado zebra ou algo surpreendente. O Corinthians é enorme e mostrou ser forte.