"Vamos torcer para o homem estar com o remedinho em dia", disse Anderson Brum, entre risos, ao UOL Esporte. Irmão e membro do estafe de Deyverson, ele adora brincar com o temperamento excêntrico do ex-jogador do Palmeiras.


Embora tenha anotado apenas um gol diante do Corinthians, contra quem o seu Cuiabá entra em campo hoje (1º), às 21h (de Brasília), na Neo Química Arena, pelo Brasileirão, ele normalmente é atração contra o time alvinegro.

Em 2018, o então atacante do Palmeiras foi o dono de Dérbi vencido pelo Alviverde no Allianz Parque. Fez o gol da vitória por 1 a 0 e, ao ser substituído, deu sua famosa piscadinha na direção do banco de reservas rival, causando uma enorme confusão.

Em 2017, ele foi expulso em seu primeiro jogo contra o arquirrival após cotovelada em Felipe Bastos, pelo Brasileirão. Em 2019, no Paulista, deu uma cusparada em Richard e também foi para o vestiário mais cedo.

Feliz no Centro-Oeste e talvez campeão brasileiro

Deyverson está feliz no Cuiabá, afirma Brum. Com contrato até o fim de 2024, o atacante foi muito bem recebido no clube do Centro-Oeste.

"O contrato é bom, e eles foram sensacionais com ele", afirma.

E embora o seu time esteja em situação difícil, Deyverson pode terminar o ano "campeão brasileiro", caso o Palmeiras fique com o título. "Ele estava no time no começo do campeonato, né?", diz Brum.

E talvez o destino queira até que ele esteja em campo quando o Palmeiras sacramentar a possível conquista.

Com nove pontos de vantagem para o segundo colocado Fluminense, mantido o ritmo, o Palmeiras pode chegar ao título na rodada 36, quando o Verdão visita o Cuiabá na capital do Mato Grosso.

"Mas ele não vai comemorar, se acontecer [o título do Palmeiras], porque o Cuiabá vive uma situação complicada", disse Brum. O Dourado é hoje o 17º colocado do Brasileiro e luta contra o risco de rebaixamento.

Deyverson, porém, não foi relacionado pelo Palmeiras no Brasileirão. O jogador treinou no clube até 25 de maio, mas sua última vez em campo ou no banco foi em 20 de março contra o Red Bull Bragantino pelo Paulista, na vitória por 1 a 0.

Naquele dia, Deyverson fez um pocket show de si mesmo: balançou a rede, dançou para comemorar, chorou e foi expulso pouco tempo depois.

Deyverson ensinou família, que sonha com o Vasco, a gostar do Palmeiras

Na casa de Deyverson, existe uma divisão. Anderson, a mãe Cristiane e o irmão mais velho Luciano torcem para o Flamengo. Deyverson e Carlos Mamaô, pai do jogador, são vascaínos.

Mas quando o assunto é Palmeiras, a família inteira pensa igual. "O Deyverson quis muito voltar para o Palmeiras [em 2021]. Ele ama muito o clube, e todo mundo passou a gostar também", conta o irmão.

Embora rubro-negro, Brum sonha em ver o irmão com a camisa cruz-maltina. "Eu sou um flamenguista que admira muito a torcida do Vasco. A torcida deles é espetacular, tenho de reconhecer. E ele é apaixonado pelo Vasco", diz ele.