O Corinthians perdeu uma grande oportunidade de encerrar o tabu que vem lhe acompanhando em jogos contra o São Paulo no Morumbi.
Por conta da sequência de decisões (quinta na Sul-Americana e na quarta que vem na Copa do Brasil), Rogério Ceni levou a campo um time todo reserva. O Timão começou bem, pressionou por alguns bons minutos e até saiu na frente. Ficou no 1 a 1 e sentiu o gosto amargo da frustração.
O resultado manteve o jejum no Cícero Pompeu de Toledo, agora com sete derrotas e quatro empates desde a última vitória, obtida em abril de 2017. Foi uma boa chance jogada no lixo.
E em um momento do campeonato em que o time poderia até subir de terceiro para segundo. A realidade foi mais dura: o Timão deixa o G-4 pela primeira vez na competição.
Também com jogo importante pela frente na quinta-feira, mas vindo de sete dias de preparação e contra um "São Paulo B", o Timão de Vítor Pereira foi a campo com quase força máxima. Apenas Fábio Santos e Fagner, que saiu com dores no jogo passado, deram lugar a Lucas Piton e Bruno Méndez.
Era um Corinthians titular com Giuliano na articulação, já que Renato Augusto se recuperou das dores na panturrilha, mas não tinha condições de jogar por muito tempo. Mesmo caso de Fagner. O foco, claro, estava no jogo contra o Fluminense, quinta, pela semifinal da Copa do Brasil.
O Corinthians foi a campo no seu 4-3-3 característico, atacando mais pelo lado esquerdo com Lucas Piton do que pelo direito, com Gustavo Mosquito, mesmo com o São Paulo improvisando o zagueiro Luizão como lateral-esquerdo. Mas em 45 minutos, o Timão só finalizou duas vezes.
Na primeira delas, de forma certeira, fez o gol. Na melhor trama entre Guedes, Giuliano e Yuri no jogo, o camisa 9 chutou de fora da área e marcou um golaço. Ali, parecia que seria um atropelo corintiano diante da superioridade nos nomes, na experiência e na força física. Não foi o que ocorreu.
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O fôlego dos jovens do São Paulo fez o jogo se equilibrar. Curioso, porém, que tenha sido o menos jovem a marcar o gol de empate. Aos 35 anos, Eder encarou Gil, foi derrubado pelo zagueiro de mesma idade, pegou a bola e bateu a penalidade que teve ares de polêmica entre torcedores do Timão.
O Corinthians voltou com a mesma formação na segunda etapa, mas aos poucos foi aumentando seu volume de jogo e criando mais oportunidades. Mosquito, por duas vezes, escapou da marcação e chegou na área. Guedes parou duas vezes em Felipe Alves, que virou o melhor do São Paulo.
Vítor Pereira fez mudanças, colocando Renato Augusto na vaga de Giuliano; Adson e Mateus Vital nos lugares de Mosquito e Róger Guedes; e Fagner na de Gil. Com volume, o Timão foi empilhando chances e perdendo gols, como os desperdiçados por Bruno Méndez e Adson. Assim, o 1 a 1 persistiu.
A julgar pelo ânimo de Vítor Pereira em sua entrevista coletiva, o recado pareceu claro: o Corinthians deixou de vencer por falta de competência. Criou, finalizou, mas não fez os gols necessários para vencer. Resultado péssimo em termos de classificação. E que manteve o longo tabu.