A data era novembro de 2014, Corinthians e Paolo Guerrero viviam uma negociação difícil pela renovação de contrato e o peruano, campeão mundial em 2012, disse uma frase que marcou: "No Brasil, só jogo no Corinthians".



Neste sábado, às 19h (de Brasília), na Ressacada, em jogo válido pela 21ª rodada do Brasileirão, Paolo Guerrero enfrentará o Corinthians com a camisa do Avaí. Trata-se do terceiro clube diferente que ele defende no país desde que, em junho de 2015, não renovou e deixou o Timão.

Pelo Flamengo, ele enfrentou o Timão quatro vezes e fez dois gols. Os dois foram marcados na mesma partida, no empate por 2 a 2, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2016, no Maracanã. Pelo Internacional, passou em branco nas duas partidas que fez no Brasileirão de 2019.

Autor de 54 gols em 130 partidas com a camisa alvinegra, sendo os marcados no Japão contra Al-Ahly, do Egito, e Chelsea, da Inglaterra, os mais importantes, o centroavante de 38 anos vive entre o amor e o ódio dos torcedores do Timão. Ele tem uma idolatria questionada por parte da Fiel.

Fora do Corinthians, porém, Guerrero não viveu tantos dias de glória. No Flamengo, que em 2015 topou pagar a ele as altas cifras que o Corinthians se sentia incapaz, foram três anos, 43 gols e 112 partidas disputadas. Foi campeão carioca em 2017, ano em que o Timão levou o Brasileirão.

Ele foi anunciado pelo Internacional em agosto de 2018, mas só estreou pelo clube em abril do ano seguinte por conta de uma suspensão por doping. Ao todo, fez 72 jogos e marcou 32 gols. Por conta de vários problemas no joelho direito, ele chegou a uma rescisão de contrato de forma amigável com o clube colorado em outubro de 2021, dois meses antes do término do vínculo.

Anunciado pelo Avaí no dia 21 de julho, ele estreou na derrota para o América-MG, na rodada passada, e terá o seu primeiro contato com a torcida avaiana neste sábado, na Ressacada. Guerrero veste a camisa 99 em alusão aos 99 anos do clube, a serem completados em setembro.

No Timão, atuou com Cássio, Fagner, Fábio Santos, Renato Augusto e Gil, todos pilares de uma geração campeã. Agora, na reta final da carreira, tenta se reerguer após 10 meses sem jogar.



Corinthians, 2022, Guerrero, Campeonato Brasileiro