O torcedor do Santos que partiu para cima de Cássio no gramado da Vila Belmiro se complicou por já ter condenação criminal. De acordo com informação da assessoria de imprensa do Ministério Público de São Paulo, por ostentar condenação, ele não teve direito ao benefício da transação penal e responderá ao processo em liberdade, diferentemente do ocorrido com outros quatro santistas detidos.



Na transação penal, o MP propõe pena restritiva de direitos ou pagamento de multa. Caso o acusado aceite, ele não responde ao processo. Mas o benefício só vale para quem não tem condenação criminal com pena privativa de liberdade em sentença definitiva.

Assim, os outros quatro acusados de invasão, que não tinham antecedentes criminais, puderam evitar o processo em troca do pagamento de dois salários mínimos cada. Eles não terão direito ao mesmo benefício nos próximos cinco anos.

A coluna não teve acesso aos nomes dos cinco envolvidos. O Santos divulgou nota na qual identifica cinco torcedores acusados de invadir o gramado na partida da última quarta (13), contra o Corinthians, pela Copa do Brasil. Porém o clube não apontou qual a acusação contra cada um.

Cesar Saad, delegado titular da Drade, delegacia de Delitos Intolerância Esportiva, confirmou à coluna que o torcedor que invadiu o campo para agredir Cássio não teve direito ao benefício da transação penal por já ter uma condenação criminal.

Segundo Saad, o santista responderá por tentativa de agressão, além de ser autuado no artigo 41-B do estatuto do torcedor. O artigo fala em "promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos". A pena prevista é de um a dois anos de reclusão e multa.

Já a tentativa de agressão é baseada no crime de lesão corporal leve, que depende de representação. No entanto, segundo o portal GE, Cássio disse ao delegado que não quer dar prosseguimento à denúncia.



Corinthians, 2022, Cássio