1/7/2022 13:13
Torcedor acusado de racismo alega ser conselheiro do Boca Juniors, economista e dono de empresa
Sebastián Pallazo negou ter feito gestos racistas no último duelo da Libertadores
Em audiência de custódia após ser indiciado por injúria racial durante o jogo de seu time contra o Corinthians, na última terça (28), Sebastián Palazzo disse ser dirigente do Boca Juniors. Ele foi solto após pagar fiança de R$ 20 mil e responderá ao processo em liberdade.
Conforme apurou a coluna, o Corinthians espera ter em mãos a transcrição oficial da audiência para enviar a informação para a Conmebol. Um relato sobre os atos racistas já foi encaminhado pelo clube à Confederação Sul-Americana.
Como mostrou a "Folha de S.Paulo", Palazzo aparece em uma relação de conselheiros publicada pelo site do Boca. De acordo com página oficial da agremiação, ele integra uma comissão que recebe pedidos dos sócios em diversas modalidades. A coluna teve acesso a vídeo com trecho da audiência em que Palazzo fala sobre sua ligação com o clube argentino.
"Trabalho, sou economista. Tenho uma empresa, 30 funcionários em Buenos Aires. Sou dirigente do Boca. Sou da diretoria atual. Trabalho para o clube, sempre viajando com a torcida, para que cheguem bem, nos ônibus, acompanhando...", afirmou Palazzo durante a audiência.
Ele negou ter imitado um macaco na arquibancada. Declarou que fez gestos de sobe e desce com as mãos em referência a uma música que os fãs do Boca cantam. É uma alusão ao fato de o time nunca ter sido rebaixado, diferentemente do River Plate, principal rival. Vale lembrar que o Corinthians já foi rebaixado no Brasileirão.
"Em todos os jogos, para todos os times, nós cantamos 'sobem e descem, parecem um elevador'. Tinha um torcedor que me dizia careca, e eu dizia sobe e desce, parece um elevador, nada mais", afirmou o argentino em seu depoimento.
Questionamentos foram feitos à assessoria de imprensa do Boca sobre as alegações de Palazzo, mas não houve resposta até a conclusão da reportagem.
Racismo é crime inafiançável. Porém, O juiz José Fernando Steinberg esclareceu em sua decisão que, legalmente, não seria possível converter o flagrante em prisão preventiva já que a pena seria inferior a quatro anos de detenção. O artigo 313 do Código de Processo Penal diz que "será admitida a decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos", entre outras situações.
Corinthians, 2022, racismo, Libertadores
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ESSES JUIZES TUDO BRANCO,ACHA QUE ELES VÃO PREOCUPAR COM RACISMO EM CAMPO DE FUTEBOL?PAGOU FRANÇA JA ERA ESSE LEI DO BRASIL SÓ POR DEUS.
Se fosse um ato de algum atleta do do Boca,esse atleta deveria ser penalizado, não o clube.Como é da torcida e em todo jogo contra brasileiros,a torcida deveria ser impedida de ver o time no estádio.