O Corinthians promete trabalhar nos bastidores e fazer pressão na Conmebol por dois objetivos antes das oitavas de final da Libertadores: para que o Boca Juniors seja punido no rigor da lei pelos gestos racistas do duelo na Bombonera e para que seu torcedor seja melhor tratado no estádio.
No dia 17 de maio, os dois times empataram por 1 a 1 pela quinta rodada da fase de grupos e diversos torcedores do clube argentino foram filmados imitando macacos nas arquibancadas. Os jogos das oitavas serão nas semanas de 29 de junho e 6 de julho.
Esse material foi encaminhado pelo Timão à entidade sul-americana, que pode punir o Boca com multa e restrições parciais ou total do acesso dos torcedores ao estádio.
O tribunal de disciplina será responsável por julgar. Neste mês, o Boca pagou 30 mil dólares (R$ 143 mil) por conta do torcedor que, na Neo Química Arena, foi detido após imitar macaco. Atualizado, o artigo 17 do Código de Disciplina prevê multa mínima de US$ 100 mil (R$ 470 mil) e também o risco de jogos com portões fechados ou parcialmente fechados (apenas em alguns setores).
A diretoria vai conversar também com a Conmebol para que não se repita o que ocorreu com os corintianos que foram à Bombonera no jogo da primeira fase e que tiveram seus ônibus com acesso dificultado pela polícia, que organizava um esquema de comboio. Muitos só conseguiram entrar no estádio no intervalo da partida e, por conta disso, nem viram o gol marcado por Du Queiroz.
O clube vai pedir que a entidade organizadora do campeonato dê uma atenção a isso. Cerca de 3 mil torcedores do Corinthians estiveram na Bombonera na partida em questão.
O Timão, que faz o primeiro jogo das oitavas em Itaquera, promete manter o bom recebimento dos torcedores visitantes na Neo Química Arena. A tendência é que os clubes se reúnam antes dos duelos para acertarem detalhes de logística, como aconteceu antes dos dois primeiros jogos no torneio.
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