Não foi por falta de pedido da torcida do Corinthians, mas Róger Guedes mais uma vez não foi titular. No empate em 1 a 1 do Timão contra o Always Ready, da Bolívia, na última quinta-feira (26), pela última rodada da fase de grupos da Libertadores, o atacante iniciou o seu terceiro jogo seguido no banco de reservas.



A escalação inicial corintiana contra o clube boliviano esteve longe de contar com alguns pilares da equipe, como Renato Augusto e Willian, por exemplo, e até por isso se esperava Guedes na titularidade, o que não aconteceu.

No intervalo, o camisa 9 ficou em campo aquecendo, junto com Renato Augusto. Desde que a comissão técnica atual assumiu o Corinthians esse é o movimento natural de um jogador que vai entrar no intervalo. Mas dessa vez isso não ocorreu, e Róger seguiu aquecendo na beirada do campo nos minutos iniciais da etapa final.

Para piorar, o atacante nem entrou na primeira leva de substituições, que teve Renato Augusto, Willian e Jô como novidades para o restante do segundo tempo, logo aos oito minutos.

Próximo aos 20 minutos da etapa complementar, a torcida então começou a pedir a entrada de Róger Guedes, gritando o nome do jogador. O pedido foi atendido poucos minutos depois, com a entrada do atleta no lugar de Giuliano.

RELAÇÃO COM A COMISSÃO TÉCNICA

Não é de hoje que Róger Guedes tem vivido uma ‘guerra fria’ com o técnico Vítor Pereira. Informações obtidas pelo LANCE! apontam que desde o treinador iniciou o esquema de rodízio no Timão, há cerca de dois meses, o camisa 9 tem se incomodado em ficar de fora dos jogos importantes, principalmente os da Libertadores.

No último domingo (22), após o empate em 1 a 1 no clássico contra o São Paulo, na Neo Química Arena, o técnico corintiano afirmou que tem sentido dificuldades de respostas e Guedes no dia a dia de treinamento. No dia seguinte, o atacante fez uma postagem em suas redes sociais com os seus números na temporada, em forma de resposta.

Auxiliar técnico de Vítor, Filipe Almeida comandou o Timão contra o Always Ready e destacou evolução de Róger Guedes nos últimos treinamentos, mas disse que a opção por não começar com o camisa 9 entre os titulares fez parte da estratégia para o duelo pela Libertadores.

– Róger, depois do que o Vítor, falou treinou bem, ficou disponível para ajudar. Entendemos que a equipe que tinha que iniciar eram outros jogadores, e depois entendemos que era o momento dele entrar, ele entrou e correspondeu o que pretendíamos. Entendimento entre nós é saudável. Mais questões sobre isso será falado pelo Vítor – disse Filipe em entrevista coletiva após o confronto pela Liberta.

Em relação ao rodízio de atletas, Almeida deu indícios que ele deve continuar, mesmo isso afetando no entrosamento do grupo. A justificativa segue sendo o calendário do futebol brasileiro e o fato do Corinthians estar envolvido em mais de uma competição.

– Temos consciência que o jogador jogar mais vezes com o outro o entrosamento ficará melhor, mas face ao calendário que existe a as competições envolvidas é impossível jogar com os mesmos jogadores. Olhando o nosso caminho, a equipe conseguindo alcançar os objetivos, passar etapas, todos estão preparados, o que permite a cada jogo escolher os melhores atletas para entrar dependendo do adversário – explicou o integrante da comissão técnica.

Durante os 28 minutos em que esteve em campo, Róger Guedes deu cinco passes, todos certos, desarmou uma bola e tentou um cruzamento, mas errou. A entrada do camisa 9 em campo não modificou o cenário corintiano que com o resultado confirmou a classificação às oitavas de final da Libertadores, mas sem a primeira colocação do grupo, o que colocaria o Time do Povo no pote dois da fase seguinte, ‘fugindo’ de adversários mais fortes.



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