Cássio construiu uma grande história junto ao Corinthians. Multicampeão com a camisa do Timão, o goleiro, que é um dos grandes ídolos do time, viu a si e sua família em situação de perigo, após sofrer ameaças de morte há um mês atrás. Mesmo com o caso resolvido, o arqueiro não deixa de sentir o peso do episódio.



"Sobre as ameaças, não desejo para ninguém o que aconteceu comigo, para a esposa de ninguém, para nenhum jogador. Se estendeu bastante, mas minha mãe também recebeu mensagem, terapeutas das mihas filhas, tudo foi encaminhado à polícia. Mas não desejo para ninguém", declarou o goleiro.

Com o torcedor responsável identificado e o caso entregue à polícia, Cássio tomou muito cuidado em não generalizar toda a torcida Fiel pelo ocorrido. "Não podemos banalizar, tem milhões de torcedores que não fazem isso. Muitos ficaram tristes pelo o que aconteceu, falam que não são representados por esses torcedores. Esperamos que não tenha mais isso. Não tenho medo de sair em São Paulo, de viver o dia a dia com a família, mas confesso que fiquei chateado e frustrado naquele momento", revelou.

Para o goleiro, clubes e jogadores precisam se mobilizar, para que ameaças e atentados à delegações (como aconteceram com Grêmio e Sport ainda em 2022, por exemplo), não sejam corriqueiros. "O Corinthians nos deu suporte, ficamos assustados, mas já passou. Isso mostra que somos unidos, não por mim, mas por todas as situações. Não pode ser normal, sabe? Se acharmos isso normal, o que vai acontecer em quatro anos? Não duvido de mais nada. Sou precavido", afirmou Cássio.

Cássio também falou sobre seu momento no Corinthians e sobre a fase do time nas competições. De volta à Libertadores, o Timão passou por altos e baixos na temporada de 2021, mas terminou no G-4 do Campeonato Brasileiro e conquistou uma classificação direta para o torneio continental. Para o goleiro, a regularidade é uma de suas melhores características.

"Se você me falar de oscilação no ano passado, eu concordo. Ano passado oscilamos, sim. Mas isso ficou no passado. Como eu disse antes, não me apego a críticas e elogios. Respeito a opinião de todos, mas é trabalho. Faço meu melhor a cada dia. O Marcelo (treinador de goleiro) faz um grande trabalho, e temos evoluído. Não penso no futuro, como também já disse, mas penso em faz o melhor e seguir em frente. Oscilo, sim. Mas durmo tranquilo porque nunca faltou empenho da minha parte", finalizou o arqueiro.


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