13/5/2022 08:49

Mateus vital conta como tem sido jogar na Grécia e diz que mesmo de longe acompanha o timão

Mateus vital conta como tem sido jogar na Grécia e diz que mesmo de longe acompanha o timão
Em pouco mais de oito meses na Grécia, Mateus Vital acumulou aprendizados, momentos de altos e baixos e alguns quilos de massa magra. Em final de contrato de empréstimo com o Panathinaikos, o meia de 24 anos concedeu entrevista exclusiva ao ge na qual fez um balanço de sua primeira experiência no futebol europeu e falou sobre a possibilidade de retorno ao Corinthians, clube com o qual tem vínculo até o fim de 2023.

Após um bom início na equipe de Atenas, Mateus Vital caiu de rendimento em meio a preocupações com a adaptação da família no novo país. Aos poucos, foi reconquistando espaço, mas não conseguiu se firmar como titular do Panathinaikos. Mesmo assim, jogou bastante. Até agora, atuou em 39 partidas, com três gols marcados e uma assistência.

– Essa experiência está sendo bem positiva. É uma experiência diferente, eu nunca tinha saído do Brasil para jogar em outro lugar. Vim para ter essa rodagem, conhecer o futebol europeu. Eu assistia muito, mas vivenciar isso é completamente diferente, é uma outra experiência, outra cultura, outra língua, tem tudo para se aprender. Realmente, a adaptação não foi fácil – comentou o jogador.

Vital diz manter contato com os ex-companheiros de Corinthians e tem ficado acordado até de madrugada para acompanhar aos jogos do time de Vítor Pereira. Aguardando uma definição quanto ao futuro de sua carreira, ele não vê a forte concorrência no Timão como um empecilho para o retorno. Confira abaixo a entrevista!

Em pouco mais de oito meses na Grécia, Mateus Vital acumulou aprendizados, momentos de altos e baixos e alguns quilos de massa magra. Em final de contrato de empréstimo com o Panathinaikos, o meia de 24 anos concedeu entrevista exclusiva ao ge na qual fez um balanço de sua primeira experiência no futebol europeu e falou sobre a possibilidade de retorno ao Corinthians, clube com o qual tem vínculo até o fim de 2023.

Após um bom início na equipe de Atenas, Mateus Vital caiu de rendimento em meio a preocupações com a adaptação da família no novo país. Aos poucos, foi reconquistando espaço, mas não conseguiu se firmar como titular do Panathinaikos. Mesmo assim, jogou bastante. Até agora, atuou em 39 partidas, com três gols marcados e uma assistência.

– Essa experiência está sendo bem positiva. É uma experiência diferente, eu nunca tinha saído do Brasil para jogar em outro lugar. Vim para ter essa rodagem, conhecer o futebol europeu. Eu assistia muito, mas vivenciar isso é completamente diferente, é uma outra experiência, outra cultura, outra língua, tem tudo para se aprender. Realmente, a adaptação não foi fácil – comentou o jogador.

Vital diz manter contato com os ex-companheiros de Corinthians e tem ficado acordado até de madrugada para acompanhar aos jogos do time de Vítor Pereira. Aguardando uma definição quanto ao futuro de sua carreira, ele não vê a forte concorrência no Timão como um empecilho para o retorno. Confira abaixo a entrevista!
Como você se virou com o idioma?
– Por mais que aqui o pessoal fale muito inglês, tem lugares que o grego não sabe falar inglês, isso dificulta para a gente. O inglês a gente consegue arranhar, falo bem pouco, mas consigo entender bem. Mas o grego é bem complicado. No clube a gente só fala inglês, fui aprendendo o inglês, mas na rua é muito grego. Isso faz parte, é um aprendizado, uma experiência boa, levo isso como algo positivo para minha carreira e para a vida pessoal.

– Meu técnico é sérvio e fala muito bem o grego, acho até melhor que o inglês, porque ele ficou muito tempo aqui na Grécia, jogou nove anos, se não me engano. Ele fala o grego fluente. Às vezes, quando está dando uma palestra em inglês, ele fala em grego rápido para o auxiliar traduzir para o inglês, porque algumas palavras fogem. O grego ele fala fluente. O inglês ele também fala bem, mas às vezes some alguma palavra e ele muda o idioma.

Vamos falar do que acontece em campo. Como é o campeonato grego?
– É um campeonato intenso, os jogos têm velocidade, dificilmente tem aquele jogo de muita posse de bola, é muito mais vertical, e um campeonato de muita força física. Comparando com o Brasil, é muito diferente nesse sentido. Requer que você esteja muito forte fisicamente para aguentar o tranco. Eu não acompanhava muito o campeonato grego, via coisas de companheiros com quem já joguei, assisti a alguns jogos do Douglas, do PAOK, acompanhava pouca coisa. Desde que cheguei, percebi isso, é um futebol de muita força física.

Você evoluiu nesse aspecto?
– Com certeza, nessa parte física tive uma melhora grande desde que cheguei aqui, comecei a fazer trabalhos próprios no clube para que estivesse bem para aguentar o estilo de jogo aqui. Por mais que meu estilo de jogo seja diferente, eu seja um dos jogadores com diferentes características dentro do elenco, poucos jogadores são parecido comigo, que gosto de fazer um contra um. Realmente tive que fazer um trabalho à parte para estar apto e bem para aguentar o tranco. O campeonato aqui é fisicamente muito forte.

Ganhou massa muscular?
– Sim, ganhei. Senti evolução muito boa no meu corpo, está sendo bem legal. Até esse tipo de trabalho para mim eu vou levar para onde eu for agora. Gostei muito do que fiz no clube, dá para levar para o resto da minha carreira.

É diferente do que você tinha no Brasil?
– Não tão diferente. Mas eles sabiam que eu vinha de um futebol mais individual, que não tinha tanta força física, então me pegaram para fazer um certo trabalho. O Corinthians tem total estrutura para fazer isso, não tem o que questionar, qualquer clube do Brasil consegue fazer isso. Mas, como no Brasil é diferente, não se leva muito ao pé da letra essa questão da força física, e aqui o pessoal pega muito pesado, tive que fazer um trabalho diferente. Mas, se tiver que levar para o Corinthians, é mole, porque a estrutura do Corinthians é absurda.

Qual é sua autoavaliação dessa passagem pelo Panathinaikos?
– Cheguei aqui muito bem, inclusive atingindo toda a expectativa e até mais um pouco do que o pessoal esperava de mim. Cheguei bem, consegui pular essa coisa da adaptação no começo, superei expectativas nesse sentido. O treinador até falou comigo, brincou, ele tinha trabalhado com outros jogadores, trabalhou no Al-Nassr com Nilmar, Éder Luís... e ele falou: “Nunca vi um brasileiro chegar em um clube e se adaptar tão rápido quanto você”. Isso foi logo no começo, tinha uma ou duas semanas de clube, eu estava me sentindo em casa. Comecei bem, mas depois tive uma queda de rendimento, acho que isso é normal.

– Veio esse momento da adaptação, quando minha família chegou à Grécia. Minha filha fez dois anos e meio agora, é muito nova. Sempre tivemos um auxílio com ela e, quando minha esposa chegou aqui na Grécia, não teve isso. Tivemos que procurar escola, fazer isso e aquilo. Foi difícil para eles e acabou sendo difícil para mim, acredito que isso fez também que meu rendimento oscilasse. Aí ficou naquele revezamento, jogava, não jogava. Aqui é super normal, em alguns jogos atua um time, em outros entra outra equipe. Se quer uma característica de jogo, muda os jogadores. Falamos que não tem time titular ou reserva, está sempre trocando. Eu tenho acompanhado muito o trabalho do Vítor Pereira, vejo que ele muda muito, não tem só 11 jogadores, usa bastante o elenco. É normal os europeus fazerem isso.

Com o tempo, sua família se adaptou melhor?
– Minha preocupação era com minha filha, tinha medo de botar ela na escola. Não era nosso pensamento colocar ela na escola tão cedo, mas ela adorou, fez amiguinhos na escola. Até quando foi se despedir agora foi emocionante, os amiguinhos fizeram carta para ela, foram muito carinhosos, mães ligaram, professoras fizeram um vídeo. Ela gostou muito e eu fiquei muito feliz.

Você falou em despedida. Isso significa que você não fica na Grécia?
– Minha esposa vai para o Brasil agora, dia 13, e minha filha tem que ir com minha esposa. Vai acabar aqui (o campeonato) dia 21, tenho que voltar ao Brasil, tenho contrato com o Corinthians até dezembro de 2023 e, chegando no Brasil, a gente vai conversar quais serão os meus próximos passos.

Aliás, você mencionou o revezamento do Vítor Pereira. Tem conseguido acompanhar o Corinthians?
– Na medida que dá, eu assisto aos jogos ao vivo. Quando não dá, assisto aos melhores momentos. Assisti ao jogo contra o Bragantino, estava voltando de um jogo nosso, cheguei em casa às 23h, e o jogo do Corinthians começava meia-noite. Deu para ver tranquilo, quando volta de jogo demora para pegar no sono. Que bom que o Corinthians conseguiu sair com a vitória.

O time vem bem, lidera o Brasileiro...
– Esse elenco está qualificado de muitos jogadores, tem um treinador que sabe usar muito bem esse elenco, está fazendo esse trabalho utilizando todo mundo. Fico muito feliz que o Corinthians está conseguindo alcançar os objetivos, bem no Brasileiro e na Libertadores teve bons resultados, está tudo encaminhado para a classificação. No Brasileiro tem que continuar fazendo esse bom trabalho, continuar na parte de cima da tabela e quem sabe buscar o título, que seria muito importante

Como é sua relação com o pessoal do Corinthians? Ainda conversa com os amigos de lá?
– Sim, sim, falo com algumas pessoas, alguns funcionários do clube, até da comissão, da fisioterapia, amigos que vou levar para o resto da minha vida. E falo muito com o Gustavo Silva, um cara que é muito próximo, mantenho contato quase diariamente. Um amigo que vou levar para o resto da minha vida.

O Mosquito teve uma lesão recentemente, mas vem jogando bem...
– Sim. Foi muito importante nas temporadas anteriores e vai ser muito importante nessa, vai ajudar muito, é um jogador de qualidade, diferente, muito rápido. Tenho certeza que vai ajudar muito.

Desde que você saiu, o Corinthians mudou bastante e reforçou bem o elenco. Quando vê Willian, Renato Augusto, Giuliano, Róger Guedes e companhia, você pensa: que bom, se voltar vou poder tabelar com eles? Ou pensa que a concorrência vai estar maior?
– Penso pelo lado positivo, são jogadores que dispensam comentários, com qualidade de nível mundial, vai ser muito bom. No meu final peguei o Renato, um jogador que dispensa comentários, fenômeno. Vejo pelo lado positivo, de poder atuar com eles, estar vivenciando e dividindo vestiário, tenho certeza que vou pegar experiência com eles, vai me ajudar muito.

O Panathinaikos sinalizou se vai tentar manter você para a próxima temporada?
– Em mim não chegou nada ainda, não sei se conversaram com o Corinthians ou se meus representantes estão sabendo de algo. Como estamos chegando na reta final, é momento de muita decisão aqui, não sabemos se vamos pra Europa League, acho que estão esperando a definição disso para decidir os jogadores que vão ficar para a próxima temporada. Acredito que essa definição passe pela nossa classificação. Outros jogadores estão em situação parecida e muito se fala disso, como vai terminar nossa temporada para a gente começar a conversar.

Independentemente disso, o que você planeja para o futuro da sua carreira?
– Sempre tive o sonho de poder atuar na Europa, vim para cá e tive minha primeira temporada aqui. Tenho contrato com o Corinthians até dezembro de 2023, não sei o que vai acontecer, se for da vontade de Deus e do Corinthians que eu permaneça, vou estar muito satisfeito de vestir novamente essa camisa, dispensa comentários a grandeza desse clube. Vai ser de muita emoção e de muita importância para a minha carreira voltar a vestir a camisa do Corinthians.

– Se puder ficar na Europa, vou procurar um lugar, ou se o Panathinaikos quiser me comprar ou conversar com o Corinthians para ceder novamente, vou ficar muito feliz também, encarar como um momento importante da minha carreira, que será minha afirmação na Europa. Tenho que ir atrás dos meus objetivos, fazer uma boa temporada para que possa permanecer.

Antes disso vocês têm a final da Copa da Grécia, certo?
– Isso, dia 21, sábado. Desde que cheguei aqui falei em todas as entrevistas que eu gostaria de deixar meu nome marcado na história do clube, que é muito grande. Lembro da época do Gilberto Silva aqui, já se falava de Panathinaikos há muito tempo. Quando cheguei, o clube não vivia um bom momento, já tinha oito ou dez anos sem conquistar títulos, há muitos anos sem ir para a Europa League ou Champions League.

– Agora tem a possibilidade de conferência. Eu queria deixar o clube numa situação que é de grandeza, brigando em cima e quem sabe conquistando um campeonato, o que é de suma importância para o clube a para nós, jogadores, deixarmos nossos nomes marcados na história do clube. Seria de suma importância elevar o nome do clube mais uma vez, conquistando um título que vai ser muito importante.

O estádio vai estar cheio? Como é a torcida aí? Aqui no Brasil você jogou em clubes de massa, como Corinthians e Vasco.
– Cara, é até difícil falar da torcida do Corinthians. Eu nunca vi igual, sendo bem sincero. É algo bem diferente, a torcida do Corinthians é algo à parte. Mas a torcida do Panathinaikos é muito fanática. Em todos os jogos eles quase lotaram o estádio, estão sempre apoiando a gente. Eles vinham de temporadas não muito boas, às vezes a torcida da aquela relaxada, mas eles, não. É uma torcida muito fanática, canta quase que os 90 minutos, sempre tem música ali. A final vai ser no estádio olímpico aqui, estádio municipal, bacana, bem bonito, e vai ser 50% para cada lado.

Entrevista, Volta, 2022, Corinthians


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