Os maiores clubes do Brasil vivem um momento de colisão em torno da criação da Liga do Futebol Brasileiro, a Libra. A maior discussão se dá entre dois grupos por causa da divisão do dinheiro de TV que a futura liga vai trazer.
Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo, além de Cruzeiro e Ponte Preta, que disputam a Série B atualmente, já assinaram documentos para a criação da Libra e definiram o modelo de divisão em 40-30-30, ou seja, 40% iguais para todos os clubes da Série A, 30% de acordo com colocação na tabela e 30% segundo “engajamento”.
Por outro lado, o grupo Forte Futebol, que conta com dez clubes considerados emergentes, além da simpatia de Atlético-MG, Botafogo, Fluminense e Internacional, discorda e prefere dividir em 50-25-25.Para o jornalista Rodrigo Capelo, em sua coluna no jornal “O Globo”, desta segunda-feira (9), o Forte Futebol tem uma vantagem atualmente que é a Lei do Mandante, já que poderão bater o pé para que a divisão seja mais igualitária.
Segundo ele, o direito de transmissão do Brasileirão é “a única receita que pode ser direcionada para que o futebol fique menos desequilibrado, mais competitivo” e que os dois times com maior torcida no Brasil, Flamengo e Corinthians, são os maiores beneficiados com a divisão totalmente desequilibrada das últimas décadas no sistema pay-per-view.
“Corinthians e Flamengo foram beneficiados por tempo demais na área da mídia e têm torcidas grandes suficientes para gerarem verba noutras fontes. Se os dirigentes dos demais clubes souberem negociar em alto nível, sairão maiores do que entraram. A Lei do Mandante é o trunfo que jamais tiveram.”
Os direitos de transmissão do Brasileirão, cedidos à Globo até o fim de 2024, já tem uma divisão 40-30-30 com relação ao dinheiro vindo da TV aberta.
No entanto, é do pay-per-view pago pela emissora carioca é que existe a maior discrepância e que os clubes menores querem mudar no próximo contrato.
Atualmente, somente Flamengo e Corinthians têm garantidos no mínimo R$ 120 milhões por temporada por seus jogos no Premiere, o valor é 20 vezes maior do que o recebido por clubes menores como Fortaleza, Ceará e Cuiabá entre outros.
Corinthians, 2022, jornalista, beneficiado, Globo
Jornalista idiota, Corinthians e Flamengo não foram beneficiados não, eles contribuiram para a audiência da emissora, coisa que as outras equipes não conseguem superar.