Para tentar diminuir o risco de levar calote, o Corinthians exigiu da Taunsa o pagamento de R$ 18 milhões à vista no final do ano passado. Além desse valor, foram combinados pelo menos mais R$ 6 milhões a serem pagos parceladamente em 2022. Apesar da cautela, dos R$ 24 milhões acertados, o Alvinegro não recebeu nada até agora.
Essas informações foram dadas pela direção corintiana para os conselheiros na reunião da última segunda (25) na qual as contas da diretoria referentes a 2021 foram aprovadas.
A diretoria também falou sobre um dos pontos que mais geravam dúvidas entre os conselheiros: se o acordo passou pelo área de compliance do clube.
O diretor financeiro do Corinthians, Wesley Lucio Cavalcante de Melo, explicou aos membros do conselho que quando o contrato com a Taunsa começou a ser discutido, o regime de compliance tinha três meses de clube.
Ou seja, estava no início de sua implantação, levando-se em conta que é um processo complexo.
Porém, segundo a explicação dada ao conselho pelo diretor financeiro, independentemente disso, o departamento jurídico revisou o contrato com a Taunsa e recomendou o pagamento à vista, como medida de segurança contra o risco de não pagamento.
Por conta dessa recomendação, foi colocada no papel à exigência dos R$ 18 milhões à vista. Assim, de acordo com a versão dada pelo dirigente, foram feitas avaliações de risco pelo departamento jurídico e também pela área financeira.
Como mostrou a coluna de Diego Garcia no UOL Esporte, a Taunsa já enfrentara cobranças na Justiça quando assinou com o Alvinegro, o que gerou questionamentos sobre a atuação da área de compliance no episódio. O entendimento era que o risco de atraso deveria ter sido detectado e informado à diretoria.
Nesta segunda, em entrevista coletiva, Duilio Monteiro Alves explicou que o caso está com o departamento jurídico, confirmando informação revelada por esta coluna de que notificações extrajudiciais foram enviadas para a parceira. Após o envio de todos os comunicados previstos em contrato, de acordo com o presidente, a cobrança será feita na Justiça.
2022, Corinthians, Taunsa, milhões
É mais fácil a Taunsa tirar dinheiro do Corinthians, do que o Corinthians receber este dinheiro da Taunsa.