Não foi de nem de longe aquele Corinthians apático e pouco criativo na estreia da Libertadores, contra o Always Ready. Tampouco se viu aquele time incisivo e letal que fez 3 a 0 sobre o Botafogo no primeiro tempo, no último domingo, pelo Brasileirão. Ainda em formação, a equipe de Vítor Pereira sofre com oscilações naturais entre jogos e mesmo dentro das partidas, mas fez por merecer a vitória sobre o Deportivo Cali, por 1 a 0, em Itaquera.
Se por um lado há reparos a fazer em relação ao desempenho corintiano, por outro não há o que dizer da entrega dos jogadores, do apoio da torcida e da importância do resultado. A vitória nesta quarta era mais do que necessária não apenas em termos de classificação, uma vez que todas as equipes do grupo têm três pontos, mas também em relação ao lado anímico do Timão, que tenta ganhar confiança após um início de ano turbulento.
Para este jogo, Vítor Pereira mais uma vez promoveu diversas mudanças, algumas já esperadas, como os retornos de Fagner e Renato Augusto, mas outras surpreendentes, casos da ida de João Victor para o banco de reservas, da volta de Fábio Santos à lateral esquerda e da entrada de Jô no lugar de Róger Guedes.
Mais uma vez, a opção foi por um time experiente, com oito atletas acima de 30 anos. As exceções foram Raúl Gustavo, Maycon e Mantuan.
Os pontas, Willian e Mantuan, se posicionaram bem próximos das linhas laterais, para tentar abrir espaços na defesa colombiana, mas eram incentivados a infiltrar em diagonal, abrindo corredor para os avanços dos laterais. O Corinthians explorava sobretudo o lado direito, por onde foram criadas boas chances no primeiro tempo - a melhor delas, em cruzamento de Mantuan para Jô, que empurrou para as redes, mas em posição de impedimento por poucos centímetros.
Os donos da casa tinham o controle da bola (em alguns momentos, superando os 70% de posse), mas não do jogo. Bem postado defensivamente, o Deportivo Cali apostava em contra-ataques e lances de bola parada e chegou a levar perigo ao gol alvinegro. A melhor chance veio aos 18, após cabeceio de Burdisso, que exigiu belíssima defesa de Cássio.