Um dos principais destaques do Corinthians, o volante Paulinho vem desempenhando futebol abaixo do esperado após um início animador no retorno ao clube.
Muito disso se deve, porém, ao ritmo de jogo. Tanto o ritmo imposto por Vítor Pereira, com um futebol mais intenso, como do próprio jogador, que ainda não completou dez partidas como titular. No total, como titular ou entrando depois, são 14 jogos (971 minutos) e três gols na temporada.
"A gente sempre tem algo a melhorar, estamos em uma sequência de jogos. Fiquei 10 meses sem jogar, e hoje é minha nona partida como titular. Óbvio que tem coisa a melhorar. Vamos evoluindo com o tempo, não só eu, como qualquer jogador", disse o meia após a semifinal do Paulistão contra o São Paulo, no último domingo.
Não apenas o tempo em campo de Paulinho é pequeno em comparação à temporada inteira, mas também o de Vítor Pereira no Corinthians. O novo treinador ainda não completou um mês no comando, mas vem mudando a preparação do time.
Duilio Monteiro Alves, presidente, e outros jogadores, como Renato Augusto, constantemente falam sobre as mudanças no dia a dia do time, como treinos mais curtos, porém mais intensos. São mudanças que, em um mês, ainda não foram totalmente absorvidas.
Enquanto isso, Paulinho vai somando minutos como titular em campo. Há a discussão sobre começar ou não com o volante no time. Vítor Pereira, por enquanto, mantém sua convicção.
O volante, porém, mostrou dificuldades contra os últimos rivais de Série A, como São Paulo e Palmeiras. No último clássico, Paulinho, mesmo mais recuado, foi encaixotado pela marcação individual imposta por Rogério Ceni.
"Questão tática não vou colocar porque é complicado. Tentamos exercer tudo que é passado para nós da melhor maneira possível. Não é falta de comprometimento."
"O Du é primeiro volante, e a gente, na medida do possível, tenta ajudá-lo. É desta forma no meio-campo", comentou Paulinho sobre Du Queiroz, que já admitiu, de maneira positiva, correr pelo volante e por Renato Augusto.
Aos 12 minutos do segundo tempo, Vítor Pereira tirou dois medalhões do time de uma vez: Paulinho e Willian. A substituição passou muito pelo desgaste acumulado. Resta ao treinador administrar o cansaço entre os titulares e mexer no time.
"Foi tudo bem (começar recuado). Vão ter jogos que o mister e sua comissão vão pedir para ficarmos um pouco mais atrás, na frente, então temos de nos adaptar. Foi um jogo desta forma, colocou o Renato um pouco mais na frente, e eu segurei um pouco na medida do possível", comentou o volante após a partida.
A estreia pela Libertadores, na próxima terça-feira, contra o Always Ready, na Bolívia, preocupa por esse lado físico. A altitude é o principal fator. O time boliviano manda suas partidas da competição no estádio Hernando Siles, em La Paz (3.600 m em relação ao nível do mar).
Não se trata de individualizar o desempenho do time em um jogador, mas entender o contexto inteiro: desgaste dos atletas, calendário apertado e a busca por um time ideal por Vítor Pereira.
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