O São Paulo dos clássicos é diferente dos jogos comuns. Não se trata apenas da concentração, mas do estilo de jogo. Contra o Santos e contra o Corinthians, o time de Rogério Ceni teve menos posse de bola do que os adversários. Só nestes dois compromissos, em 2022.
Era natural que fosse assim, mesmo em casa, contra o Corinthians das longas circulações de bola e pouca capacidade de desarme. Vítor Pereira repetiu as escalações recentes de Fernando Lázaro, mas não repetiu o resultado. A derrota, nono clássico sem ganhar no Morumbi, nasceu com passe de Rodrigo Nestor para Calleri, aos 52 segundos da primeira etapa.
Chuva de granizo, gramado pesado, falta de iluminação, tudo pesou no começo da partida. A partir do 1 x 0, o Tricolor atrasou a marcação e apostou em confrontos individuais. Rodrigo Nestor, o melhor em campo, acompanhou Renato Augusto em todas as suas ações. Du Queiroz era perseguido por Gabriel Sara, com Pablo Maia cuidando de Paulinho. Igor Gomes fechava o lado direito e Éder, muitas vezes, bloqueava Fágner.
Menos posse de bola e mais finalizações, porque o São Paulo explorava as saídas rápidas e precisas, enquanto o Corinthians circulava a bola. Finalizou doze vezes, mas só três na meta de Tiago Volpi e seu maior perigo foi em repetições de cruzamentos -- 23 no total.
O São Paulo seguirá tendo de evoluir nos jogos contra equipes fechadas, mas mostra que tem caminho e a juventude de seus cinco pratas da casa escalados, todos abaixo de 22 anos, ajudou muito. Wellington, Pablo Maia, Rodrigo Nestor, Igor Gomes e Gabriel Sara tiveram mais ímpeto do que os sete corintianos acima de 31 anos -- Cássio, Fágner, Gil, Paulinho, Renato Augusto, Giuliano e Willian.