Após a vitória do Corinthians por 1 a 0 sobre o Bragantino, na manhã deste domingo, na Neo Química Arena, o interino Fernando Lázaro comentou sobre as primeiras conversas que teve com Vítor Pereira, novo treinador do Corinthians.

– Já conversamos um pouco na tarde de ontem. Hoje também após o jogo, mas poucas coisas. É muito mais sobre processos do clube, para eles entenderem e buscarem da melhor forma estabelecer o dia a dia. Agora vamos ter uma semana de trabalho para entrar em detalhes mais técnicos e táticos, de atletas e questões gerais da equipe – comentou Lázaro.



Deixando o comando da equipe com quatro vitórias e um empate em cinco partidas nessa segunda passagem (houve ainda dois jogos no ano passado), Lázaro falou sobre o estágio em que entrega o time para Vítor Pereira, que esteve presente na arena neste domingo.

– Os resultados são relativos, temos que entender o contexto e o nível de adversários que tivemos em outros momentos. Hoje foi contra uma equipe importante e de boa qualidade. A sequência do trabalho vai trazer uma equipe que está se construindo no início de temporada, que concluiu seu período curto de pré-temporada e com jogos complementando – disse.

Questionado sobre o jogo, e se o duelo contra um time de Série A, como o Bragantino, é ainda mais importante para uma análise mais fidedigna de Vítor Pereira, Lázaro respondeu que sim.

– É um grande enfrentamento, um time de Série A e de primeira parte. Um time que exige muito na transição, que tem uma boa construção e qualidade, além de assumir riscos nessas fases do jogo também – disse.

– Um jogo de grande nível que permitiu ao mister e a comissão acompanharem, em vários aspectos, as características dos times, as coisas positivas e as coisas a serem melhoradas. Jogo de bastante valia para essa observação in loco – completou.

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Quanto tempo você acredita que o Vítor e comissão vão demorar para conhecer o elenco?
– Já tivemos algumas conversas iniciais, e vamos ter mais ao longo da semana, aprofundando em detalhes, eles tomando mais conhecimento. Em relação ao tempo, é difícil precisar. Acredito que já tenha uma metodologia bem construída, uma equipe de trabalho consolidada, e isso ajuda muito. Gradualmente eles vão se inteirar das condições, das competições, calendário, conhecer melhor a questão do processo e da cultura daqui. Que seja o quanto antes. Mas o tempo é relativo nesses casos.

Mudanças apenas no final do jogo e partida de manhã:
– A partida nesse horário, nessas condições, prejudica bastante a melhor condição do espetáculo e dos atletas das equipes. Tira um pouco essa parte física. É um jogo de altíssimo nível também, um detalhe muito fino. A equipe do Red Bull é muita qualificada, coloca muita dificuldade. Tínhamos a questão da parada também, aguardamos para tentar um ajuste, ter um feedback melhor dos atletas para então fazer as modificações. Partida às 11h da manhã no Brasil prejudica demais.

Desempenho defensivo contra o Bragantino
– O Cássio teve uma participação importante no final do jogo, decisivo, assim como o goleiro deles também teve. O principal fator é o adversário de qualidade, que coloca dificuldade, que cria com versatilidade e qualidade. Joga junto há muito tempo, belo trabalho do Barbieri, o treinador há mais tempo como treinador no Brasil. Acredito que fizemos um bom jogo. Defensivamente estivemos bem, com pontos isolados assim, coisas a serem corrigidas. Exigiu muito pela qualidade do adversário, calor, outros fatores que afetam, mas o principal é a qualidade do Bragantino.

O que quer para sua carreira?
– Foi uma experiência bacana, mas é uma coisa que nunca projetei. Não tenho construído minha carreira dessa forma, tem sido muito gradual, passo a passo, tenho muitas etapas para fazer. Preciso concluir cursos. Não traço essas metas, elas têm acontecido naturalmente e eu tenho vivenciado muito o dia a dia, tentado fazer da melhor forma cada uma das etapas.



Qual foi seu maior desafio nesse período?
– Essa parte tática, por já estar bastante envolvido, foi mais natural. Sai um pouco de uma posição que está habituado com imprensa e atletas, com uma forma diferente, então estar em um lugar onde você está sendo observado e analisado são pontos difíceis. É um envolvimento diferente, equilibrar isso não é fácil.