Um dos maiores nomes do Corinthians nos anos 1930 e 40 despedia-se do clube dentro de campo há exatos 76 anos. O volante Brandão, grande líder da defesa alvinegra em sua época, entrava em campo pela última vez em amistoso ocorrido no dia 16 de fevereiro de 1946, contra o SPR.



O estádio do Pacaembu recebeu o confronto. O técnico José Foquer escalou o capitão alvinegro como titular, e ele atuou durante os 90 minutos. O onze inicial tinha: Arlindo; Rubens, Aldo; Palmer, Brandão, Aleixo; Cláudio, Baltazar, Servílio, Ruy e Válter. Dentro de campo, o Coringão venceu por 2 a 1, com gols de Baltazar e Servílio no primeiro tempo.


O jogo marcava o final da passagem de Brandão, que durou 11 anos ininterruptos no clube. Sempre o volante à frente da zaga, ele passou a usar a faixa de capitão e se tornou o principal nome da lendária linha formada por ele, Jango e Dino nos anos 1940. Sua maior qualidade era a lealdade: ele nunca foi expulso vestindo o manto alvinegro em 290 partidas. Marcou, ainda, 13 gols.


Pelo Coringão, Brandão conquistou quatro títulos: o tricampeonato paulista de 1937/38/39, e o estadual de 1941. Foi, ainda, presença constante nas seleções estaduais, sendo campeão brasileiro das disputas entre federações nos anos de 1936, 1941 e 1942, além de 1933 e 1934, estes antes de chegar ao Timão. Também tem no currículo uma Copa do Mundo com a Seleção Brasileira, a de 1938.



Nascido em 21 de abril de 1910, o “centromédio” Brandão tornou-se funcionário público ao encerrar a carreira de atleta profissional. Ele faleceu em 12 de julho de 1987, em São Paulo.

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