O Corinthians conseguiu um ótimo resultado diante do Ituano, pelo Campeonato Paulista, na noite do último domingo. Após a demissão de seu contestado técnico Sylvinho na última quarta-feira, viu o interino Fernando Lázaro manter 100% de aproveitamento à frente da equipe com uma vitória de virada por 3 a 2. Os gols foram marcados por Fábio Santos (pênalti), Giuliano e Paulinho.



Em um passado não tão distante, o Timão era lembrado como o time que fazia gol nos acréscimos, virava partidas, era cascudo. Mas não foi assim com Sylvinho, pelo menos não no quesito virada. Em sua passagem, de 23 de maio de 2021 a 3 de fevereiro de 2022, apenas uma delas aconteceu, em uma única partida.

Foi diante do Bahia, em 5 de outubro do ano passado, por 3 a 1. Gilberto abriu o placar aos 33 minutos, mas Róger Guedes, Cantillo e Jô conseguiram mudar o rumo da história. Com Fernando Lázaro, foram necessários apenas 90 minutos para tal feito se concretizar.

Porém, para se analisar essa virada, é importante lembrar a forma como o jogo começou: com a defesa muito aquém do que se deseja. João Victor mais uma vez esteve abaixo. No clássico contra o Santos, errou nos dois gols e, contra o Galo de Itu, não disputou bolas fáceis e parecia desconcentrado. Cantillo também não foi bem, acabou sendo o responsável pela perda da bola que deu origem ao primeiro gol adversário. No entanto, o goleiro Cássio é quem levou o maior destaque negativo.

Recuperado da covid, o jogador retomou seu posto e não foi nada bem. No primeiro gol, nem sequer se mexeu, enquanto, no que seria o segundo, levou um frangaço que poderia tê-lo desestabilizado - o VAR acabou anulando o tento. Já no gol de Cleberson, nada pôde fazer. Claro que não é hora de pedir a entrada deste ou daquele (Donelli ou Ivan?), mas ter essas opções obriga o experiente arqueiro a repensar algumas situações que se repetem em algumas circunstâncias.

O ponto é que, se o lado ofensivo do Corinthians deu, contra o Ituano, sinais de que pode evoluir ( o "quarteto" jogou junto e o técnico gostou, por exemplo), a defesa precisa abrir os olhos. Se foi ou não um jogo incomum, que poderia ter acabado com uma goleada, não há como saber, afinal, não foi o que aconteceu. A mudança de postura no segundo tempo veio, assim como a vitória que parecia improvável até então.



Algumas alternativas diferentes das utilizadas pelo técnico anterior apareceram e deram resultado. Porém, alguns pontos, como a defesa que antes era um pilar muito forte, ainda precisam ser muito trabalhados nesse início de temporada, seja pelo interino ou pelo treinador que vier. A próxima chance de mostrar que o caminho está sendo asfaltado é nesta quinta, contra o Mirassol, às 21h30, na Neo Química Arena.