Ninguém jamais discutirá a história de Cavani, nem que seja justo alguém passar a mão no telefone e perguntar ao atacante do Manchester United se deseja jogar no Corinthians. Mas a afirmação do volante Fred, de que Cavani apenas sorriu ao ser perguntado na mesa das refeições do Manchester sobre o interesse do clube brasileiro, indica a dificuldade do negócio. Um esforço por um centroavante que completará 35 anos em fevereiro.

Arthur Cabral não tem a mesma história, mas é surpreendente pensar que o Corinthians tenha capacidade de trazer ao Brasil um jogador que, neste momento, é artilheiro do Campeonato Suíço. Também foi goleador da temporada passada no país. Por que um jogador do Basel, clube que apresentou Mohammed Salah para a Europa, pode pensar em vir ao Brasil, se tem mercado na Europa?



A resposta oferecida por quem participa do negócio é que Arthur Cabral acredita em sua chance de disputar a Copa do Mundo. Teria possibilidades de deixar o Basel, ao final da temporada, para clubes de médio porte da Alemanha, como o Wolfsburg, ou grandes da Rússia, como o Zenit. Nestes dois casos, prefere a hipótese do Corinthians agora.

O negócio não é simples, mas a tentativa é convencer o Basel a emprestar o atacante por um ano, com obrigatoriedade de compra em janeiro de 2023. Ficaria barato neste primeiro ano e caro daqui a doze meses. Trata-se de um jogador de 23 anos. Melhor do que este país que corre atrás do rabo, sempre atrás dos mesmos nomes de atacantes, sem revelar ou descobrir novas estrelas.



Não dá para saber se o negócio vai avançar. Mas dá para saber que Arthur tem interesse em voltar ao Brasil para se mostrar no ano da Copa do Mundo. E o Corinthians tem vontade de viabilizar o negócio. Arthur não tem o marketing de Cavani? Ora, no futebol, não existe marketing melhor do que ser campeão.