Contratado no ano passado, Sylvinho divide opiniões no Corinthians. Apesar das críticas da torcida, o treinador foi mantido no cargo para esta temporada. Com a chegada de reforços e os primeiros treinos do ano, ele deu a entender que manterá o 4-1-4-1 como seu esquema tático preferido, embora o clube ainda procure um centroavante e um volante no mercado.
Na Live do Corinthians, programa do UOL Esporte com todas as novidades do Timão no mercado da bola, os jornalistas Vitor Guedes e Ricardo Perrone analisaram os desafios de Sylvinho para a temporada. Para Vitão, o treinador dá sinais de que não evoluirá, o que pode ser arriscado para uma equipe que disputará Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil.
"O Corinthians é escalado no 4-1-4-1 com ou sem o nove, com jogador velho, com cara bom ou ruim. Ele jogou o Brasileiro inteiro assim. Foi eliminado da Copa do Brasil pelo Atlético-GO. Foram 40 jogos oficiais, no mínimo. Ele não tem nem um cinco nem um nove, pois o Gabriel e o Jô estão mal. Não vejo a menor capacidade na carreira dele até hoje para treinar o Corinthians. O que eu vejo nele de muito positivo é não ter perdido o grupo", criticou.
Perrone lembrou uma das 'teimosias' de Sylvinho: escalar o meia Renato Augusto como falso nove. O jogador teve atuações apagadas quando atuou nesta função, o que rendeu críticas ao treinador. "Ele mantém o esquema e faz aquelas coisas dele, com Renato Augusto de centroavante. Ele adora fazer isso. É o estilo dele", destacou o colunista do UOL.
Para Vitão, o apoio de jogadores importantes do elenco é o principal motivo para Sylvinho se manter no cargo. "Ele perdeu a torcida, que não o quer, não tem variedade tática, não tem resultado. Só que ele tem o apoio dos caras. A renovação de contrato por dois anos de Fábio Santos, Gil, Cássio e Fagner é um alento para o Sylvinho. Não sei se é para a torcida. São jogadores que dão a base para ele. Não vi essa vontade que eles tiveram nos jogos contra Santos e Palmeiras em partidas que não iam mudar nada na vida do Sylvinho", comentou.
Vitão se mostrou pessimista quanto às chances de o técnico mostrar alguma variação tática no comando do Timão. "Tudo tem o limite. Para mim, são os resultados. Não vejo o Corinthians jogar de forma diferente, até hoje, ele não sinalizou para isso. Todo treinador tem uma preferência. O problema é que você treina um clube, não uma seleção. Você tem que jogar com os caras que tem. Qualquer bom treinador, dentro da preferência, tem uma variação. Só vi o Sylvinho atuar de uma maneira em 40 jogos. Não há nada que me faça acreditar que ele vai fazer diferente nesse ano", concluiu.
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