O presidente Duilio Monteiro Alves, do Corinthians, concedeu a primeira entrevista coletiva do ano na última quarta-feira (12) e explicou questões financeiras do clube e a forma como ocorre a busca pelos reforços mais caros, como Paulinho, contando com a participação de investidores.
No podcast Posse de Bola #193, Marília Ruiz explica que os negócios funcionam como se o Corinthians tivesse um mecenas, mas não para bancar o clube em si, mas diretamente os atletas, com percentuais dos pagamentos nos custos deles.
"Também tentaram explicar sem dados oficiais, apenas versões oficiais, a história de trazer parceiros, quase um mecenas, que em vez de ser mecenas do clube, é mecenas de um personagem. Então tem o mecenas do Willian, que paga o Willian, tem o mecenas do Paulinho, que vai pagar o Paulinho, e que pelo contrato do Paulinho paga 100%, do Willian paga 50%", diz Marília.
"São matemáticas ou economia criativa que o Corinthians criou para poder fazer o futebol fazer dinheiro e, assim, fazer a roda rodar no positivo e não no negativo. Essas são as versões oficiais que a gente tem até aqui", completa.
A jornalista também cita o estancamento da dívida de R$ 957 milhões do Corinthians, o que é apontado como um fator positivo pelos dirigentes do clube, e afirma que uma questão é se o Timão conseguirá ter retorno financeiro com um time forte, o que ainda não conseguiu no segundo semestre de 2021.
"Se o Corinthians vai conseguir fazer dinheiro com esse time que não no fez ano passado, porque só a premiação do Campeonato Brasileiro não justifica essas contratações. A gente vai ver esse exercício, mas aí em um exercício de futurologia", diz Marília.
"O que dá para, por enquanto, repetir aqui são versões oficiais e contrapor como a gente fez. Quer contratar um atacante, vai pagar como? Porque, no extrato do Corinthians, não tem dinheiro para pagar. Aí ele fala 'com parceiro'. Agora, vai acontecer? A gente vai ter que seguir observando", conclui.
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