Com uma sequência de vitórias atuando na Neo Química Arena desde a volta de público aos estádios, o Corinthians teve problemas nas últimas semanas quando saiu de casa para enfrentar o Atlético-MG e o Flamengo, líder e vice-líder do Brasileirão, respectivamente. Para piorar, a derrota para o Rubro-Negro foi diante do time reserva, o que aumentou a pressão sobre o trabalho do técnico Sylvinho.
No podcast Posse de Bola #179, Juca Kfouri afirma que o problema do Corinthians não foi perder os dois jogos, mas a postura apresentada pelo time, que pouco ameaçou o Galo e o Flamengo, mesmo tendo jogadores de qualidade para tal.
"O problema do Corinthians é a covardia. A forma como o Corinthians perdeu do Flamengo e perdeu de 1 a 0, lamenta-se que foi no último minuto. Foi no último minuto porque o Cássio fez defesas absolutamente fabulosas, porque o travessão salvou uma vez o Corinthians, já também mais para o fim do jogo, era para ter sido 3 a 0 para o Flamengo, não era para ter sido apenas 1 a 0", diz Juca.
"O Flamengo deu um baile no Corinthians, sufocou o Corinthians, acuou o Corinthians, o Corinthians com o que tinha de melhor e o Flamengo com os reservas, imagine se fosse o time titular do Flamengo. A crítica ao Sylvinho é que o Corinthians é incapaz de honrar a camisa, foi de dar vergonha a atuação do Corinthians no Maracanã, foi como se fosse aquele Corinthians sem os reforços. É inadmissível que o Corinthians jogue como jogou no Maracanã", completa.
Juca afirma que é compreensível que o torcedor corintiano não queira a permanência de Sylvinho, ainda que a realidade atual do clube seja brigar pelo quarto lugar no Brasileirão e não contra o rebaixamento, como se apresentava no momento da chegada do técnico.
"Eu compreendo a bronca da torcida do Corinthians de não querer o Sylvinho. Alguém dirá: 'mas o Sylvinho começou o trabalho dele agora, o Sylvinho pegou o Corinthians para tirá-lo do rebaixamento e está colocando na Libertadores, está colocando no G4'. Virou obrigação o G4, até porque o Bragantino meio que abandonou a luta pelo G4 para jogar a final da Sul-Americana, e o Fortaleza, de certa maneira, extinguiu-se, começou a pagar o preço de ter um elenco curto e de chegar no final da maratona e virar o fio", diz Juca.
"Eu acho que o Sylvinho não está mostrando o mínimo de condição para vir a ser técnico de um Corinthians em 2022 com pretensões maiores. Alguém dirá, mas é o Carille o cara certo? Não, não me parece ser o Carille o cara certo, porque o Carille saiu exatamente para que o Corinthians pudesse não apenas ser campeão como foi em 2017, mas jogasse o mínimo de futebol e ele não tem sido capaz de fazer isso", conclui.
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