Habituado a atuar como armador, meia ofensivo ou volante ao longo de sua carreira, Renato Augusto, com a experiência dos seus 33 anos, vem sendo escalado como atacante por Sylvinho no Corinthians. Cumprir esta função não é uma novidade para o atleta, mas demanda um novo tipo de exigência física e mais uma adaptação após antes recuperar a condição ideal na volta ao Timão depois de deixar o Beijing Guoan, da China, e ficar mais de meio ano sem jogar.
Na última sexta-feira, em entrevista coletiva na qual projetou o duelo que o Alvinegro fará contra o Cuiabá, neste sábado, às 21h, na Neo Química Arena, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, o meio-campista ressaltou que ficou muito feliz por ter conseguido atingir rapidamente uma boa condição física e consequentemente emplacado uma sequência grande de partidas pelo Timão.
"Não é fácil ficar muito tempo sem jogar, sem treinar. Voltar no Brasileirão, carregar essa camisa, que é pesada, é uma responsabilidade grande. Eu confesso que tive uma surpresa agradável, não achei que eu pudesse corresponder tão rápido. Agradeço a parte física, médica, do clube. É muito pouco tempo para chegar, jogar e ter uma sequência boa de jogos", destacou.
Renato Augusto, porém, afirma não se iludir com o seu bom momento e diz mirar uma evolução constante. Mais do que isso, ele enfatizou que sempre trabalha para alcançar a um nível mais próximo possível da perfeição.
"Eu sou muito autocrítico e quero melhorar sempre. É difícil chegar na perfeição, mas tenho de buscar o mais próximo possível disso. Fisicamente, eu diria que estou (com uma nota) seis ou sete, posso melhorar bastante. Mas me sinto bem, consigo corresponder ao que a comissão técnica espera, me doando ao máximo ao time. Então foi uma grata surpresa essa sequência de jogos e aquilo que estou podendo corresponder", completou o meio-campista.
PODER DE LIDERANÇA EM CAMPO, MAS COM RESPEITO À HIERARQUIA
Como um dos jogadores mais experientes do atual elenco corintiano, Renato Augusto também acaba desempenhando a função de uma espécie de técnico dentro de campo no decorrer das partidas. Mas, ao ser questionado sobre se acredita que seria melhor para o time voltar a atuar como um meio-campista, o jogador preferiu não entrar neste mérito e lembrou que o seu posicionamento em campo sempre será definido pelo técnico Sylvinho e sua comissão técnica.
"Deixo essa questão tática, de definir, para a comissão. Não cabe a mim chegar aqui e falar como fazer. O mais importante é nós acreditarmos no que a comissão passa. E isso tem acontecido, acreditamos no que está sendo passado. É por isso, talvez, que a gente tenha subido tanto na tabela. Cabe ao Sylvinho decidir. Na hora que ele precisar que eu jogue na minha posição de origem, na frente, de ponta... O jogo pede algumas coisas que você tem que chegar e fazer, e as coisas dão certo", analisou Renato Augusto.
Em seguida, o meia lembrou que conseguiu ajudar o Corinthians a virar a última partida contra o Internacional, no Beira-Rio, depois de ter sido deslocado para atuar mais adiantado no segundo tempo do confronto, no qual o Colorado só garantiu o empate por 2 a 2 com um gol marcado nos acréscimos.
"No jogo contra o Inter, a gente não tinha imaginado de eu entrar de 9 ou de falso 9, mas acabou dando certo. E isso não me impede de eu voltar para a minha posição e no mesmo jogo fazer a função de 9 novamente. O mais importante são os jogadores acreditarem no que a comissão passa e o apoio do torcedor", reforçou Renato Augusto, que neste sábado, contra o Cuiabá, pode voltar a ser escalado como atacante. Mas, como um bom curinga, ele também tem chance de iniciar como meio-campista, sua posição de ofício.
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