27/10/2021 09:53

"Gosto especial", Edno volta ao Corinthians em time formado por sócios

Atacante jogou no Timão entre 2009 e 2011 e, dez anos depois, retorna de forma diferente

Aos 38 anos, o atacante Edno voltou a vestir a camisa do Corinthians no último domingo.



Dez anos após deixar o Timão com 27 partidas e dois gols marcados, o atacante passou a jogar pelo Corinthians Associativo, um time formado por sócios do Parque São Jorge que disputa amistosos e campeonatos interclubes usando uniforme, ônibus e toda a estrutura do Timão.


Sem clube profissional desde que rescindiu contrato com o Brasiliense em abril de 2020, após a paralisação causada pela pandemia, ele tem feito jogos com alguns times amadores para manter a forma. O objetivo é começar 2022 empregado.


A estreia de Edno no Corinthians Associativo foi no último domingo, num amistoso contra o clube Guapira, da Zona Norte de São Paulo. O Timão venceu por 5 a 1, com três gols dele.


"Saí do Brasiliense na pandemia e venho jogando em alguns clubes particulares em São Paulo, até para manter a forma. Tive algumas propostas neste ano, mas nada que interessou. Ainda penso em jogar profissionalmente por mais alguns anos até encerrar a carreira. Enquanto isso, estou cursando a Licença B na CBF, em novembro finalizo a parte prática, e depois vou em busca da A", disse Edno.


O Corinthians Associativo não paga salário ou cachê, mas Edno ganhou do clube um título de sócio-atleta, um benefício oferecido a ex-jogadores do clube.


Contratado em setembro de 2009 após se destacar pela Portuguesa, Edno não conseguiu ter espaço com o técnico Mano Menezes numa equipe que tinha como atacante de referência Ronaldo Fenômeno. Sem conseguir se firmar, foi emprestado ao Botafogo em 2010 e para a própria Lusa em 2011.


"Pra mim, teve um gosto especial voltar a vestir essa camisa. Queira ou não queira, é o Corinthians. A gente está representando o Corinthians, um um time grande, conhecido. Seja no mirim, no infantil ou em qualquer categoria, é o Corinthians. Sempre recebi muito carinho do torcedor. Apesar de não ter ganhado um título, só pelo fato de ter jogado e vestido essa camisa sempre me respeitaram. Acredito que gostavam do meu futebol", disse o atacante.


Edno não é o único ex-atleta que faz parte da equipe. Paulinho Japonês, ex-jogador de futsal do próprio Timão, também tem atuado com os associados. Coordenador geral da categoria e lateral-direito do time, o sócio Rafael Nonato explica como o departamento funciona:



"Esse departamento começou de 2008 para 2009. Para jogar, tem que ser associado e passar por seleções internas. Saímos para representar o Corinthians em amistosos e torneios. No caso do Edno, como é um ex-atleta, esse é um benefício que o clube oferece, um título de sócio-atleta. Nosso time tem um treinador CLT, o Nilton Moretti, que foi campeão brasileiro em 1990. Tem fisioterapia, ônibus, fardamento oficial, analista. Cerca de 90% do time não foi profissional, então é muito gostoso chegar numa cidade do interior no ônibus do clube, todo mundo uniformizado", explicou.


O ge questionou o Corinthians sobre os custos da categoria. Em nota, a diretoria afirmou que oferece o ônibus de acordo com a disponibilidade, arcando só com o combustível. Gastos com alimentação e hospedagem são dos associados. O Timão diz não se tratar de uma categoria com custos elevados.



Veja abaixo uma entrevista com Edno:

Quando você olha para trás, como vê sua passagem pelo Corinthians?

"A análise que faço é que cheguei com o Corinthians campeão da Copa do Brasil, com Jorge Henrique, Ronaldo, Dentinho, tinha Tcheco, Iarley, uma galera mais renomada no futebol, então tive uma concorrência muito grande. Quase não tive espaço, mas nas oportunidades que tive acho que não deixei a desejar. Faltou sequência. Se tivesse, talvez a história fosse outra. Quando estive em campo, mostrei meu valor, sei da minha capacidade".


Como foi jogar com Ronaldo?

"Ele era um cara espetacular, um fenômeno, aprendi muita coisa nos treinos. A gente parava para ver ele treinar quando chegava a vez dele na finalização, no treino de cruzamentos, nos chutes de fora da área, olhava o posicionamento. Ele sempre ia falando e orientando a gente, e eu prestava muita atenção. Ninguém vai ser igual a ele, mas você pode evoluir na sua característica com caras que ganharam tudo".



Quando você se destacou na Portuguesa, vários clubes queriam te comprar. Você se arrepende de ter escolhido o Corinthians, já que não teve espaço para jogar?

"Tinha Inter, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-MG, os times grandes do Rio de Janeiro. Ao todo acho que eram 24 times atrás, entre Série A e Série B. Chegamos num acordo com a Portuguesa, e ela aceitou a proposta do Corinthians. Fui com a maior alegria vestir a camisa do Corinthians, um time de massa. Apesar de não ter tido tantas oportunidades, me senti realizado por vestir essa camisa".



Ao menos conseguiu fazer dois gols para marcar sua história, né?

"Fiz contra Santo André e Sertãozinho, no Paulistão. Pelo menos deixei a minha marca".

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