No primeiro jogo da final do Paulistão 2018, o Palmeiras derrotou o Corinthians por 1 a 0 e tomou a dianteira na disputa pela taça. O alvinegro teria que derrotar o rival dentro do Allianz Parque, na partida da volta, para conquistar o torneio. Apesar da situação adversa, o goleiro Cássio revela que, na ocasião, o elenco do Corinthians 'já sentia que inverteria o resultado'.
"Vocês podem não acreditar, mas no vestiário, naquele dia, nós já sentíamos que podíamos ganhar a final na casa dos caras", conta o ídolo alvinegro em entrevista para o The Players Tribune.
Os dias que separaram os jogos de ida (01/04) e volta (08/04) foram de apreensão para Cássio e seus companheiros. O goleiro relembra que "teve gente que falou muita coisa, que o Corinthians não teria como superar o Palmeiras lá dentro". Porém, o gaúcho guarda com carinho uma data específica daquela semana, o dia 06 de abril, em que a equipe realizou um treino aberto para a torcida.
"Como os clássicos em São Paulo são disputados com torcida única, a Fiel fez o impensável: transformou o último treino, que aconteceu no nosso estádio, em um jogo. Foi como viver a experiência da ida para o Mundial do Japão novamente", recorda Cássio.
Na partida de volta, o Corinthians derrotaria o Palmeiras por 1 a 0, com gol de Rodriguinho. O empate no agregado forçava a decisão por pênaltis. A partir dali, o protagonismo ficaria por parte do goleiro alvinegro, que defenderia as cobranças de Dudu e Lucas Lima e garantiria o bicampeonato para a equipe do Parque São Jorge.
Durante a entrevista para a plataforma de mídia, Cássio ainda viaja no tempo e conta histórias de quando dava seus primeiros passos no futebol. Natural de Veranópolis, o atleta de 34 anos recorda que, quando criança, "entrava como mascote" do clube da cidade.
Na equipe local, o gaúcho não só descobriria a sua vocação para goleiro, mas também conheceria uma das figuras de maior importância para sua carreira: Tite, que era técnico do Veranópolis na época.
"Quem me levava na época era o meu tio, João Carlos, o Kojac. Ele era massagista do clube quando o Veranópolis estava na segunda divisão, no início dos anos 1990. Eu ainda não era goleiro. Jogava de lateral-esquerdo, mas, vou ser totalmente sincero aqui, eu gostava, só que não me destacava. O que chamava atenção era minha altura e, por isso, a minha turma insistia: 'vai o Cássio pro gol porque ele é grande'", conta.
Pelo Corinthians, o guarda-redes conquistou a Libertadores e o Mundial de Clubes 2012, os Brasileiros de 2015 e 2017, além dos Paulistas de 2013, 2017, 2018 e 2019. Um ano antes do início dessa saga vitoriosa, no entanto, Cássio recorda que por pouco não deixou o clube alvinegro.
"O torcedor do Corinthians sabe muito bem o que aconteceu no final de 2011. Depois de uma disputa até a última rodada contra o Vasco, o Corinthians foi campeão brasileiro com um empate contra o Palmeiras no Pacaembu. E eu também me lembro disso, porque assisti a tudo do lado de fora. Poucas pessoas sabiam, mas eu estava com um pré-contrato assinado com o clube que mudaria para sempre a minha vida, mas, naquele 4 de dezembro de 2011, eu não tinha como imaginar o que ia acontecer", completa o camisa 12.
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