Em 24 de abril, o Corinthians vencia o Santos por 2 a 0, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista. Com gols dos então promissores Raul Gustavo e Lucas Piton. Passados três meses e meio do último clássico alvinegro, o Timão volta à Vila neste domingo, às 16h (de Brasília), pelo Campeonato Brasileiro, com muitas mudanças. Inclusive no status dos dois jogadores.
Raul, que despontava para ser o parceiro de Gil na zaga corintiana, viu João Victor crescer e dominar a posição. O veterano também retomou seu bom momento, tornando Raul apenas a terceira opção para o setor. Algo parecido aconteceu com Lucas Piton, hoje reserva de Fábio Santos.
O Corinthians entrou em campo naquele dia com Cássio, João Victor, Jemerson, Raul e Piton; Gabriel, Ramiro, Roni, Gabriel Pereira e Gustavo Mosquito; Cauê.
De lá para cá, muitos jogadores deixaram o elenco. Ramiro e Bruno Méndez foram emprestados, Camacho foi negociado com o próprio Santos. Jemerson foi dispensado após fim de contrato, Cauê, titular no clássico, foi mandado de volta ao sub-20, e Rodrigo Varanda, que entrou durante a partida, foi negociado com o Bragantino.
Mas as mudanças não pararam por aí. A principal delas talvez tenha sido no comando técnico. Vagner Mancini, naturalmente mais confiante após vitória no clássico, ficaria no cargo por apenas mais sete jogos. Demitido após quedas na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, deu lugar a Fernando Lázaro.
O interino ainda teve chance de comandar o Corinthians em dois jogos do torneio continental, quando, mesmo eliminado, conquistou duas vitórias com duas boas atuações. Então, deu lugar a Sylvinho, contratado após negociações frustradas com Renato Gaúcho e Diego Aguirre.
Começou, então, uma nova era no clube. Logo na chegada, Sylvinho deixou claro que não daria continuidade ao esquema de três zagueiros usado por Mancini. Disse que não dominava tal sistema e, por isso, preferia jogar com uma linha de quatro.
A dobradinha de sucesso de Mosquito e Fagner no ataque também acabou. Hoje, o lateral-direito funciona como um suporte na defesa e pouco chega à frente. Jô retomou seu posto de titular com a missão de prender a bola no ataque para a aproximação dos companheiros.
Inclusive, o centroavante é atualmente o artilheiro da equipe, com sete gols. Cantillo passou a jogar com o apoio de outros dois volantes para construir o jogo por trás, no 4-1-4-1 de Sylvinho.
Somado a tudo isso, a diretoria voltou a fazer bons investimentos no futebol. O meia Giuliano, provável estreante neste domingo, foi contatado e hoje veste a camisa 11. Foi o primeiro reforço para a temporada corintiana. O segundo foi Renato Augusto, que ainda não foi apresentado à imprensa.
Além dele, a diretoria ainda espera pelo atacante Roger Guedes, atualmente vinculado ao Shandong, da China. Se o ponta ficar livre no mercado, assinará com o Timão.
Décimo primeiro colocado na tabela, o Corinthians (e o corintiano) torcem por dias melhores no Brasileirão e na próxima temporada. Uma vaga na Libertadores, por exemplo, é o desejo da diretoria.
CORINTHIANS
Mudou pra pior, muito pior