No primeiro tempo tempo contra o Atlético-MG, neste sábado (17), o Corinthians de Sylvinho deixou a impressão de que jogando um futebol simples pode conseguir bons resultados no Brasileirão.



O time paulista anulou as principais jogadas do forte rival e fez um belo gol a partir da roubada de bola de Cantillo, que serviu o guerreiro Gustavo Silva.


Porém, no segundo tempo o Atlético-MG conseguiu jogar, enquanto o Corinthians não produzia nada ofensivamente. Não deu outra. O Galo virou o placar para 2 a 1.


As estatísticas mostram que o Corinthians tinha uma ideia de jogo, mas não conseguiu executá-la bem. Isso tem acontecido frequentemente.


Sylvinho quer jogar no contra-ataque. Um indicativo disso é que, mesmo atuando em casa, o Corinthians teve apenas 38% de posse de bola, segundo o site Sofascore.


Isso não pode ser porque o Galo o obrigou a jogar assim? Pode. Mas a média de posse de bola corintiana no Brasileirão é de 49,9%, de acordo com o site WhoScored. A equipe de Sylvinho ocupa o 10°lugar nesse ranking na competição.


Quem aceita ter menor posse de bola do que o adversário está morto se não for mais eficiente do que ele nas finalizações, certo?


O Corinthians só acertou o alvo em duas de suas 12 finalizações. Sete foram sem pontaria e três acabaram sendo bloqueadas. Não dá para apostar nos contra-ataques tendo o pé torto. E calibrar a pontaria dos comandados faz parte do trabalho do comandante.


Por sua vez, o Galo acertou o alvo em 8 de seus 13 arremates.


O Corinthians não está entre os times que mais concedem finalizações aos adversários. Até porque organizar a defesa é o grande mérito de Sylvinho até aqui.


Mas, se você vai deixar a bola com o adversário, ela tem que chegar menos em sua área. Caso contrário, não há Cássio que aguente. Em média, o Corinthians sofre 12 finalizações por jogo contra sua meta, de acordo com o WhoScored. Oito times no Brasileirão têm marca melhor.


Outro ponto que mostra distância entre a ideia de jogo de Sylvinho e o que sua equipe faz em campo é a quantidade de desarmes.


Contra o Galo, o corintiano não pode se queixar nesse quesito. Seu time desarmou 18 vezes e foi desarmado em 10 oportunidades.


Mas, no campeonato o Timão tem sido pouco eficiente num ponto fundamental para quem adota o contra-ataque como principal arma.


Segundo o WhoScored, o Corinthians, que começou o Brasileirão comandado por Vagner Mancini, tem a terceira pior média de desarmes por jogo: 12,6.



Na opinião deste blogueiro, jogar nos contra-ataques, principalmente em casa, é uma pouco para quem tem a grandeza do Corinthians. Mas, se as vitórias forem alcançadas assim, a Fiel não vai reclamar. Porém, para isso, Sylvinho precisa fazer o time a executar bem suas ideias.

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