O início de trabalho de Sylvinho no Corinthians foi de tentativa de implementar elementos de ataque posicional, com Luan na função de "falso nove" e controle do jogo pela posse de bola. Influência do aprendizado com Tite e também no futebol europeu.
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Mas logo percebeu que necessitaria de mais solidez defensiva e do peso da experiência de Jô e Fábio Santos. Ou seja, resgatando parte da identidade da equipe nos últimos anos. Sem tanta qualidade no elenco, cabia ao treinador simplificar processos no início e inserir conceitos aos poucos.
As "velhas novidades" chegaram a surpreender os adversários nos primeiros jogos, mas logo foram mapeadas pelos adversários. Novamente sobrava a força pelo lado direito, com Fagner e Gustavo Mosquito. No 4-1-4-1 com Cantillo mais recuado, fixo à frente da defesa para tentar qualificar a saída de bola.
O empate por 1 a 1 com o Internacional foi o terceiro consecutivo, desde a vitória por 2 a 1 sobre o Sport. Em nove jogos, cinco empates, duas vitórias e duas derrotas. 40% de aproveitamento, campanha de segunda metade de tabela.
Valeu pela reação depois de sair perdendo com o gol de pênalti de Edenilson no primeiro tempo. Repaginado num 4-2-3-1 com Luan na vaga de Vitinho e aparecendo na área para finalizar e Jô empatar no rebote do goleiro Daniel. Mais presença na zona de finalização, sem isolar o centroavante.
E surpreendendo com a ultrapassagem pela esquerda, com Fabio Santos recebendo de Mateus Vital e fazendo o cruzamento. Foi a jogada diferente que saiu do roteiro e desmontou o até então eficiente bloqueio colorado.
O Corinthians teve 57% de posse, 83% de acerto nos passes e 20 finalizações, nove no alvo. Até deixa uma impressão de evolução no trabalho de Sylvinho, mas falta criatividade. Parece difícil tirar mais desse grupo. A falta de tempo para trabalhar com jogos seguidas também atrapalha. Talvez a dedicação exclusiva ao Brasileiro por conta das eliminações na Copa do Brasil e na Sul-Americana ajude mais à frente.
Por agora o time dá sinais preocupantes de estagnação. Sem soluções, nem confiança para uma retomada depois dos fracassos recentes. Hoje a meta palpável é permanecer na Série A. E não será fácil.
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