A rescisão contratual do zagueiro Danilo Avelar segue ecoando no CT Joaquim Grava. Por conta da fala de conotação racista do jogador, a diretoria do Corinthians passou a blindar o elenco e recusar pedidos de entrevistas e aparições públicas dos atletas nos últimos dias. A ideia é vetar qualquer possibilidade de uma nova polêmica após dias conturbados nos corredores do Parque São Jorge.
Por enquanto, entrevistas estão vetadas no clube. As exceções são as coletivas de imprensa do técnico Sylvinho depois das partidas do Campeonato Brasileiro e as declarações dos atletas ainda em campo instantes após o apito final. Essas aparições, no entanto, estão previstas nos contratos comerciais assinados pelo Corinthians e, portanto, são obrigatórias.
No mais, a tática do clube é evitar exposições desnecessárias. Os jogadores não receberam qualquer tipo de ordem para não usar as redes sociais, mas por recomendação até mesmo de seus assessores e empresários estão mais cautelosos com a internet. Além da rescisão do contrato de Danilo Avelar, o grupo viu a ira da torcida com o atacante Jô, que optou por usar uma chuteira com tonalidade verde, e gerou polêmica.
No CT Joaquim Grava, o clima é de chateação pelo episódio - embora os atletas reconheçam a gravidade do caso (como foi dito pelo técnico Sylvinho após o jogo da última quinta, na Neo Química Arena) e não contestem a decisão da diretoria. Danilo Avelar era um companheiro de trabalho desde a temporada 2018 e um dos nomes mais queridos do grupo.
O jogador ainda negocia os termos de sua rescisão contratual, mas está fora dos planos do Corinthians. Em salários, o zagueiro tinha R$ 7 milhões para receber até o fim de seu contrato, em dezembro de 2022. Além disto, o clube do Parque São Jorge deve R$ 4,4 milhões ao Torino pela compra do atleta, realizada no meio da temporada 2019.
#corinthians #timao #alvinegro #cautela #elenco #daniloavelar