O Corinthians jogou uma das melhores partidas da sua história exatamente dez anos atrás. No dia 26 de junho de 2011, a equipe alvinegra fez um clássico contra o São Paulo no Pacaembu, válido pelo Campeonato Brasileiro da Série A daquele ano. É certo que o Timão estava vivendo uma boa fase, mas o resultado saiu ainda melhor que o esperado: 5 a 0.



O grande nome daquela partida não foi Danilo, que, sabemos, era o rei dos clássicos até mesmo quando não entrava na partida como titular. Desta vez, outro ídolo roubou a cena: Liédson. O Levezinho marcou três gols e comandou a sonora goleada sobre o rival na Saudosa Maloca – com a ajuda do camisa 20, é claro.


O técnico Tite havia escalado uma equipe titular com o que tinha de melhor naquele domingo do feriado prolongado de Corpus Christi. Às 16h, pisaram no gramado como titulares: Julio Cesar; Weldinho, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo; Jorge Henrique, Willian e Liédson. Ainda entraram no segundo tempo Emerson Sheik, Edenílson e Morais nos lugares de Willian, Jorge Henrique e Danilo.


A curiosidade daquele jogo é que todos os gols saíram apenas no segundo tempo. Nos 45 minutos iniciais, foram modestas as emoções em um disputado jogo que guardaria todo o brilho para a sua parte final.


E se Liédson viria a ser o grande nome do jogo, o primeiro gol foi de Danilo. Em cruzamento na área, o camisa 9 desviou para trás para o meia. Com a perna direita, ele dominou driblando o primeiro marcador, deu um corte seco no segundo já ajeitando para a perna esquerda, e chutou na saída de Rogério Ceni para abrir o placar.


Com 1 a 0 no placar, a equipe corinthiana se soltou no jogo. E logo Liédson começou a brilhar. Em cobrança de escanteio na área, Paulinho cabeceou firme no canto e Rogério conseguiu defender. Mas no rebote, Liédson estava completamente livre e deu uma leve cavadinha na bola que teve força suficiente para encobrir o goleiro, ampliando o marcador.


Gritava a Fiel nas arquibancadas do Pacaembu. E ela não imaginaria que o terceiro gol teria a dupla Danilo-Liédson como destaque. O camisa 20 recebeu na direita e, com calma cruzou em profundidade na área. Em velocidade, Liédson foi mais rápido que o zagueiro e dominou já ajeitando o corpo. E sem deixar a bola cair, chutou forte e estufou a rede de Rogério Ceni, que a exemplo do segundo gol, nada pôde fazer.


Mas que dupla, Fiel! Danilo e Liédson seriam responsáveis pelo quarto gol corinthiano. Com liberdade na entrada da área pelo lado esquerdo, ele mais uma vez deu um lançamento na em profundidade para o centroavante, que chutou sem dominar e anotou seu terceiro tento na partida. Já era um resultado incrível.


No entanto, ainda cabia mais. Jorge Henrique dominou na intermediária e arriscou forte dali mesmo. A bola fez uma curva para baixo e enganou Rogério Ceni, que até tentou defender no chão, mas acabou “furando” e a bola entrou devagar. Era o quinto gol do Timão no clássico – a última vez que o resultado havia acontecido foi em março de 1996.


Após o quinto gol, a Fiel ainda gritaria mais duas vezes e aumentaria a festa nas arquibancadas – não por mais bolas na rede, mas por uma sequência de dribles de Emerson Sheik.



Ao receber na intermediária, o camisa 11 ameaçou chutar de longe, mas deu um leve toque e colocou a bola no meio das pernas de Rodrigo Caio, sofrendo falta do atleta a seguir. O árbitro não deu e o lance seguiu, mas teria sido melhor se tivesse apitado. Sheik novamente recebeu e, virando para o centro do campo, deu nova ‘caneta’ no zagueiro são-paulino, sendo puxado pelo mesmo em seguida. Desta vez, sim, o árbitro apitou a infração. Mas foi como se fossem dois gols. E assim, com grande festa da Fiel, era só esperar o juiz encerrar o jogo.

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