O clássico contra o São Paulo, às 22h15 deste domingo, na Neo Química Arena, marcará o pontapé inicial do Corinthians em um mês decisivo. Em maio, o Timão disputará o mata-mata do Campeonato Paulista e os quatro jogos que restam na primeira fase da Copa Sul-Americana.



A sequência importante chega no momento de maior turbulência para o técnico Vagner Mancini no comando do Corinthians.


Desde outubro de 2020 no Timão, Mancini enfrentou outros períodos de contestações, como quando foi eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil para o América-MG ou após a goleada por 4 a 0 sofrida para o Palmeiras, em janeiro.


Desta vez, porém, a pressão é maior. Nos dois últimos sábados, torcedores organizados foram até a porta do CT Joaquim Grava protestar contra o técnico e os jogadores.


As insatisfações não são apenas externas. Mancini já começa a ser criticado também dentro do clube por conta de decisões tomadas em escalações e substituições nas partidas.


Na última quinta, após a derrota para o Peñarol-URU por 2 a 0, o treinador disse estar tranquilo no cargo e que conta com o respaldo da diretoria. No dia seguinte, a cúpula alvinegra tratou da situação do treinador em reunião no CT.


Embora incomodada com o desempenho recente da equipe, a direção corintiana tenta blindar Mancini e o elenco:


"A visão da diretoria é que ele está bem, está fazendo bom trabalho. A torcida tem a paixão que encobre coisas. A gente vem falando todo dia: time muda, oscila por isso. São jogos de dois em dois dias, não dá para repetir o time, precisa alternar para ninguém se contundir", disse o diretor de futebol Roberto de Andrade, em entrevista coletiva na última terça-feira.


Vagner Mancini comandou o Corinthians em 39 jogos, com 17 vitórias, 12 empates e 10 derrotas, aproveitamento de 53,8%. Com ele, o Timão marcou 46 gols e sofreu 36.



Em clássicos, o comandante alvinegro conseguiu duas vitórias (sobre São Paulo e Santos), um empate e duas derrotas.

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