A pressão em cima do técnico Vagner Mancini cresce a cada dia no Corinthians. Insatisfeita com os recentes resultados e com o rendimento da equipe, a torcida pede a demissão do treinador. Apesar disto, a diretoria do Timão se mantém firme em mantê-lo no cargo. A explicação está no passado recente do clube e na passagem de Tiago Nunes pelo Parque São Jorge.



Na última temporada, o Corinthians investiu no treinador — destaque do Athletico-PR em 2018 e 2019 — e apostou em um estilo de jogo mais ofensivo. Os reforços tão esperados por Tiago Nunes para colocar em prática suas ideias não chegaram, o elenco ficou sem opções e os resultados foram ruins. O desfecho foi a demissão do técnico no meio do Campeonato Brasileiro.


A experiência serviu de aprendizado. Atualmente na presidência do Corinthians, Duilio Monteiro Alves foi diretor de futebol no ano passado, e sabe que o elenco oferecido a Vagner Mancini não é o ideal de acordo com os desejos do treinador. No início do mês passado, o comandante do Timão pediu publicamente quatro reforços para o sistema ofensivo.


Como a política do Corinthians é cortar gastos, segurar investimentos e investir na garotada da base, Mancini ficou sem nem um reforço sequer para o início da temporada 2021. O treinador e sua comissão técnica quebram a cabeça para encontrarem soluções no elenco em meio à maratona de jogos enfrentada pelo clube do Parque São Jorge entre Campeonato Paulista, Copa Sul-Americana e também a Copa do Brasil.



O contexto e a presença da diretoria de futebol na rotina do CT Joaquim Grava ajudam a segurar Vagner Mancini no cargo. O entendimento é de que o trabalho é bom e o treinador tem se esforçado para encontrar soluções e incorporar a base no profissional. Mesmo assim, um novo tropeço — desta vez para o São Paulo — pode custar caro. O Majestoso do próximo domingo, que não vale nada em termos de classificação no Paulistão, ganha ainda mais importância para o Timão.

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