Um dos membros da comissão técnica do Salgueiro, de Pernambuco, rival do Corinthians nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, é um velho conhecido da Fiel. Trata-se do ex-lateral-direito Marcos Tamandaré, que atuou pelo Timão no primeiro semestre de 2007.

Indicado pelo então treinador corinthiano Emerson Leão - foi seu comandante no Sport no ano anterior - , Tamandaré veio ao Corinthians por empréstimo, mas atuou apenas em cinco jogos pelo Paulista e a Copa do Brasil, deixando o clube para atuar no Rapid Bucareste, da Romênia.

"Se tivesse a cabeça que tenho hoje, eu não teria ido para o Corinthians, que vivia uma enorme bagunça", contou Tamandaré, que concedeu entrevista exclusiva ao portal Meu Timão.

Foram 16 anos de carreira, com 13 clubes diferentes. Mas foi no Salgueiro que encontrou seu porto seguro, afinal, já são dez anos no pequeno clube do Sertão de Pernambuco (oito como atleta e dois como auxiliar-técnico).

Além de falar sobre a trajetória no Salgueiro, o ex-lateral que está com 39 anos relembrou sua rápida passagem pelo Parque São Jorge e, claro, do desafio que é enfrentar a equipe de Mancini. Veja abaixo:

Confira a entrevista exclusiva com o auxiliar-técnico



Como está a expectativa para esse confronto com o Corinthians?

Tamandaré - É a maior possível, até porque não é sempre que você está numa pequena equipe do Sertão e tem a chance de enfrentar um Corinthians. Há uma ansiedade natural, mas nada que tire o nosso foco. Nosso objetivo é fazer um grande jogo e vencer. Mas, claro, sabemos a dificuldade que teremos pela frente.

Qual será a postura tática do Salgueiro?

Tamandaré - Por características, a nossa equipe não é defensiva. E não será assim nesta quarta-feira, vamos agredir. Podem ficar seguros que vamos atacar o Corinthians, vamos em busca do gol.

Você se aposentou dos gramados e se tornou auxiliar-técnico na sequência. Isso foi planejado ou aconteceu?

Tamandaré - Eu pensava nisso, sim. Eu parei de jogar em agosto (de 2018) e, logo em outubro, já fui fazer o curso da CBF (licença para ser treinador). Estou feliz demais como auxiliar do Daniel (Neri, treinador do Salgueiro).

A responsabilidade é diferente, não?

Tamandaré - Sem dúvida. Quando estamos jogando a gente não tem noção da quantidade de pepinos para resolver no dia-a-dia, mas acredito que estou preparado.

Você teve uma passagem rápida pelo Corinthians em 2007. Por que não deu certo?

Tamandaré - Para ser sincero, se tivesse a cabeça que tenho hoje, eu não teria ido, não.

Por quê?

Tamandaré - Porque o Corinthians era um tumulto só, tinha aquela coisa do Kia (Joorabchian, ex-presidente da MSI), troca de diretoria... era muita confusão. O treinador na época era o Leão, que foi quem me indicou. E a pressão estava enorme em cima dele, isso também sobrava para os jogadores que ele havia indicado, como eu. Era marretada da imprensa em cima de quem tinha sido trazido pelo Leão. Não tive tantas chances para jogar e pedi para sair em junho, acertei com o Rapid Bucure?ti, da Romênia.

Que imagem você ficou do Corinthians?

Tamandaré - Eu só tenho a agradecer ao pessoal de apoio, aos jogadores, a própria diretoria... foi uma satisfação imensa ter jogado no Corinthians, sou grato por ter a chance de ter atuado com a torcida do Corinthians, que é uma das mais fanáticas do mundo, que apoia os 90 minutos. Acredito que, se tivesse chegado num outro momento do clube, teria dado certo. Uma pena. Mas o time caiu no fim de 2007, acho que é a maior prova do que eu falo sobre a bagunça no clube na época.

O que pensa sobre a atual equipe de Vagner Mancini?

Tamandaré - É uma grande equipe, vimos todos os últimos jogos do Corinthians. Acredito que a chegada do Mancini acabou sendo fundamental, graça a ele não correu risco de cair na Série A do Brasileiro. É um time bem organizado taticamente, será um duro desafio.

Você foi lateral-direito. Qual sua opinião sobre o Fagner?

Tamandaré - Eu adoro vê-lo em campo, sou fã do seu futebol, de uma qualidade incrível. O Fagner tem uma história bonita no Corinthians.





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