Novo presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves acionou o que tinha de mais conhecido na sua experiência administrativa para encarar um mandato no clube sem poder, ao menos abertamente, acionar Andrés Sanchez em caso de necessidade. E com direito a inversão de papéis em alguns setores.
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Diretor-adjunto de futebol do Timão em 2011, ele foi colocado no posto justamente por Roberto de Andrade, presidente interino do clube enquanto Andrés Sanchez assumia a diretoria de seleções de CBF. Depois que Andrés retornou, Roberto o manteve como seu imediato, ambos a cargo do futebol.
Duilio seguiu no cargo no mandato de Mário Gobbi, seu concorrente na eleição, sempre respondendo a Andrade no final. A confiança estabelecida entre os dois aliados fez com que o ex-presidente, mandatário entre 2015 e 2018, fosse uma escolha natural assim que o novo dono do cargo venceu a eleição de novembro.
Os dois, aliás, também logo definiram que Alessandro seria um bom nome para assumir a gerência de futebol. Cargo remunerado e que responde a ambos, o posto foi ocupado por Vilson, nome que contava com muita rejeição da torcida. Alessandro, ídolo enquanto jogador e com um Brasileiro de 2017 no currículo, já como dirigente, preenchia esses espaços.
Montar uma equipe conhecida é padrão em vários clubes, mas, no mandato atual de Duilio, tem uma motivação ainda mais especial: depois de anos, Andrés prometeu que não teria mais influência no futebol corintiano, mudando uma regra de quase duas décadas.
Grande nome da chapa à qual pertencem Duilio e Roberto, Andrés deu a última palavra em várias ocasiões nas quais nem cargo tinha no clube. Foi ele que, por exemplo, rebateu publicamente uma provocação de Vagner Mancini, em 2017, quando seu Vitória tirou a invencibilidade do Corinthians em Itaquera.
O clube tinha três dirigentes e o presidente Roberto de Andrade à frente da hierarquia do futebol naquela época, mas Andrés era visto como o mais apto para pedir respeito ao hoje treinador corintiano. Agora, a princípio, isso não deve mais acontecer.
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