Parque São Jorge, sede social do Corinthians — Foto: Marcelo Braga
A reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians para a votação das contas de 2019 deve acontecer apenas no fim de janeiro ou começo de fevereiro de 2021. Não há data certa para o encontro, mas a possibilidade é de que as contas sejam votadas com as de 2020.
Assim, a aprovação ou reprovação das contas do exercício de 2019 ficará a cargo dos novos membros do Conselho Deliberativo do Corinthians.
A reunião seria feita no dia 10 de dezembro, mas foi cancelada pelo presidente do órgão, Antônio Goulart dos Reis, em função de "grande números de conselheiros infectados ou com suspeita de infecção pelo coronavírus".
A intenção da presidência do Conselho, de acordo com informações colhidas pela reportagem do ge e confirmadas por Goulart, é de realizar o encontro já com os novos conselheiros, eleitos no dia 28 de novembro.
Goulart vai nomear oficialmente os 200 novos membros no dia da posse de Duilio Monteiro Alves, em 4 de janeiro.
Com os conselheiros nomeados, Goulart pretende convocar uma reunião para a votação e definição da nova mesa do Conselho Deliberativo. Romeu Tuma Júnior, presidente da Comissão Eleitoral, é o franco favorito para ocupar o cargo. O atual presidente passará a fazer parte do Cori (Conselho de Orientação).
Inicialmente, o plano de Goulart é convocar esse encontro "até o fim de janeiro". Só então poderão ser votadas as contas de 2019, em data posterior, com as de 2020, já que os números deste ano não devem demorar a ser divulgados pelo clube.
Com as medidas mais restritivas impostas em São Paulo pelo governado do estado, depois do aumento dos números de casos mais uma vez, é possível que a mesa do Conselho seja eleita por uma votação mais rápida: entra, vota e sai.
Os adiamentos
Uma série de adiamentos culminaram com a reunião acontecendo apenas no próximo ano.
O encontro deveria ter sido feito em abril, mas foi adiado pela pandemia do coronavírus. Depois, chegou a ser marcado para 20 de outubro, mas mudou para 10 de dezembro e foi cancelado dias antes de acontecer.
A alteração do dia 20 para o dia 10 aconteceu após a chapa Liberdade Corinthiana divulgar nas redes sociais um documento mostrando como votou cada conselheiro nos últimos dois anos.
O principal membro da chapa, que acabou eleita para o Conselho, é o advogado Herói Vicente, hoje cotado para ser o diretor jurídico de Duilio Monteiro Alves, mesmo tendo feito uma ferrenha campanha de oposição durante o período eleitoral.
À época, segundo o comunicado oficial do Corinthians, a "divulgação não autorizada da rede social Facebook" gerou um clima de "extrema insegurança e temor". A nota dizia ainda que ocorreu um "elevado número de manifestações via e-mail, aplicativo de mensagens e telefone por parte de pessoas que temem por sua segurança pessoal e de seus familiares".
O encontro, então, foi postergado para depois da eleição, que aconteceu em 28 de novembro. Um possível surto de Covid-19 e conselheiros infectados após o pleito fez o encontro, marcado para 10 de dezembro, ser cancelado e ficar sem data.
A reunião
O Corinthians fechou o ano passado com um déficit de R$ 195,4 milhões. Comissão Fiscal e Conselho de Orientação (o CORI) emitiram pareceres pela reprovação do balanço financeiro de 2019.
Uma eventual reprovação das contas poderia acarretar poucas consequências na prática. A mais séria seria a abertura de um processo de impeachment do presidente Andrés Sanchez, mas o mandato dele se encerrará já no fim do ano. A possibilidade hoje é vista como remota.
No entanto, a votação era vista como muito importante nos bastidores, já que poderia representar um "termômetro" da eleição presidencial do clube. Isso porque uma votação massiva pela reprovação das contas indicaria uma perda de força política de Andrés Sanchez e seu grupo.
Por outro lado, uma eventual aprovação do documento significaria enorme vitória da situação, o que acabou acontecendo com a eleição de Duilio Monteiro Alves para o próximo triênio.
Contas polêmicas
O balanço financeiro de 2019 do Timão apresentou déficit de R$ 177 milhões. Porém, segundo o Conselho Fiscal do clube, o prejuízo foi R$ 18,4 milhões maior por conta de pendências jurídicas não consideradas no documento. Baseada nisso, a maioria dos membros do CORI também votou pela reprovação das contas.
O balanço foi refeito com os novos números e já foi analisado pelo Conselho Fiscal, que manteve a sugestão de reprovação. O CORI ainda pode rever o parecer em encontro previsto para horas antes da reunião do Conselho.
O presidente Andrés Sanchez chegou a protocolar um requerimento que pedia a anulação da última reunião do CORI, mas o pedido foi rejeitado, e o parecer emitido pelo órgão segue valendo.
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