Há meses, Andrés Sanchez tem prometido que o Corinthians poderá utilizar boa parte da receita recolhida com a Neo Química Arena a partir de 2021.
O presidente, que está caminhando para o seu último mês de mandato, chegou a afirmar à Gazeta que a quantia representaria 80% do valor total.
Duílio Monteiro Alves, candidato a suceder Andrés pelo grupo da situação, preferiu ser mais cauteloso na previsão quando questionado pela reportagem. "Não sei se 80%, mas, no mínimo, 50%".
A conclusão da negociação com a Caixa Econômica Federal, que ainda precisa ser formalizada e oficializada, e o acordo com a Odebrecht colocaram luz sobre a questão.
A receita bruta anual com bilheteria da agora chamada Neo Química Arena é de aproximadamente R$ 60 milhões. A receita líquida fica em R$ 40 milhões. Além disso, o clube consegue mais R$ 20 milhões com outras receitas oriundas do estádio, que não bilheteria.
O Corinthians terá de arcar com R$ 269 milhões em 18 anos. Os R$ 300 milhões necessários para fechar a conta sairão dos repasses da Hypera Pharma, que adquiriu o naming rights do estádio corintiano.
Desta maneira, as parcelas anuais do Corinthians junto à Caixa seriam de aproximadamente R$ 15 milhões, o que significaria que o clube poderia se beneficiar de 75% da receita conseguida por meio da Arena construída em 2014.
O valor da anuidade será sempre corrigido pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) e não poderá ultrapassar R$ 38 milhões.
Sendo assim, R$ 15 milhões do repasse da Hypera Pharma à parte, o Corinthians arcaria com, no máximo, R$ 23 milhões por ano. Neste cenário, o clube teria 61% da receita à disposição para usar como bem entender na temporada.
Corinthians, Timão, Caixa, Odebrecht
Não vai ficar com os 100% das bilheterias? Que negócio do caralho, não vou estar vivo quando esse estádio estiver pago, fora às outras dívidas, sacanagem e burrice não ficarem com 100%
Aí sim, agora dá pra conversar