A segunda-feira será de ressaca total no Corinthians. Depois da derrota para o Fluminense por 2 a 1, no Maracanã, a crise se instalou de maneira ainda mais forte no Parque São Jorge. E motivos não faltam: a proximidade da zona do rebaixamento no Brasileirão, as ameaças sofridas pelos atletas no desembarque em Guarulhos e um clima de revolta em parte do grupo. Parar completar, sem perspectiva de novo técnico, pelo menos até quarta.



O tropeço para o Flu representou o sexto jogo com apenas uma vitória no período. O Timão hoje é o 15º colocado e se manteve com nove pontos, empatado com o Botafogo, primeiro integrante do Z4. Em dois dias, pega o Bahia, na Neo Química Arena, em jogo dos desesperados - na estreia de Mano Menezes, o Tricolor perdeu para o Atlético-GO em casa e caiu para o 16º lugar.

Mas os problemas do Corinthians vão muito além do risco de entrar na zona da degola. Mesmo após a demissão de Tiago Nunes, o nível de desempenho segue ruim. E a chegada em São Paulo na noite deste domingo foi de pânico para o grupo. Membros de uma torcida organizada fizeram ameaças e vários atletas precisaram correr para dentro do ônibus após desembarcarem, com medo de agressões.

A situação só aumentou a revolta do grupo com o vazamento de informações que os líderes do elenco garantem não ser verdadeiras. Tudo porque na sexta-feira passada ventilou-se que o clube demitiu Tiago Nunes depois de os jogadores fazerem uma reunião com o presidente Andrés Sanchez pedindo a cabeça do técnico.

Porém, o encontro nunca ocorreu e alguns milhares de torcedores ficaram com a impressão de que os atletas perderam de propósito para o Palmeiras, a fim de derrubar Tiago. O Blog ouviu de um dirigente importante do Timão que os contatos com os líderes do grupo se deram por telefone. E que a diretoria constatou que o clima entre jogadores e técnico era frio.

Ainda assim, algumas das lideranças asseguram que não foram procuradas por qualquer dirigente e só souberam da demissão de Tiago Nunes pelo grupo de WhatsApp exclusivo para os atletas.

Sem técnico novo: Em meio a tudo isso, existe enorme pressão para que Andrés contrate um técnico para o lugar de Tiago Nunes. A ideia do presidente é manter Coelho na expectativa de que o time consiga resultados. Antes de quarta-feira, está praticamente descartada a chance de o Timão abrir negociação com qualquer outro.

Mas, se a equipe novamente não vencer, Andrés pode ter de mudar de ideia. Rogério Ceni e Felipão foram especulados, mas não serão contratados. Uma parte da torcida gostaria de ver o espanhol Miguel Angel Ramirez. Outra defende Sylvinho. E os dias prometem ser agitados no clube.



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