Fábio Barrozo, ex-gerente das categorias de base do Corinthians, falou publicamente pela primeira vez desde que foi demitido pelo clube, em 2016. Depois de ganhar uma indenização judicial de R$155 mil, ele disse que foi injustiçado e, citando nomes de dirigentes, tentou explicar seu caso.
Em entrevista concedida à Folha de S. Paulo, Barrozo disse que Andrés Sanchez, à época sem cargo, Eduardo Ferreira, hoje diretor-adjunto do futebol profissional, Mané da Cane, conselheiro do clube, pediram para ele não se defender na sindicância aberta pelo clube. Em troca, ganhou um cargo em um clube do RJ.
Na ocasião, Barrozo era acusado de negociar com o empresário norte-americano Helmut Niki Apaza 20%, dos direitos econômicos de Alyson, um jovem do Sub-15, algo proibido à época, além de assinar uma procuração para após receber 50 mil dólares (R$150 mil à época) da mesma pessoa. Ele acabou sendo o único punido pelo evento. Sem defesa, pediu demissão na sequência.
"Edu e Mané pedira para eu não ir. Essa é a verdade", comentou Barrozo. Ele também disse que o presidente Andrés Sanchez, então sem cargo oficial no clube mas um dos nomes mais influentes no Parque São Jorge, pediu que saísse calado.
O clube, por meio de uma nota oficial enviada à Folha de S. Paulo, afirmou que todas as acusações foram apuradas por sindicância interna, que não comprovou qualquer irregularidade dos diretores. Segundo o clube, a carta de recomendação dada a Barrozo foi um erro do departamento de recursos humanos.
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