7/8/2020 15:10

Cássio evita rótulo de protagonista no Corinthians e responde se prefere que final seja decidida nos pênaltis

Goleiro comenta final do Palmeiras e festeja marca que atingirá neste sábado

Cássio evita rótulo de protagonista no Corinthians e responde se prefere que final seja decidida nos pênaltis
Herói do Corinthians em diversos títulos recentes, Cássio diz não gostar do rótulo de protagonista e torce para que a final do Paulistão, neste sábado, não seja decidida nos pênaltis.



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Em 2018, diante do mesmo Palmeiras, Cássio pegou dois pênaltis na decisão estadual. Agora, porém, espera que o tetracampeonato do Corinthians seja conquistado nos 90 minutos.

Eu nunca penso que vou ser o protagonista, até muitas pessoas já perguntaram para mim: "Nos momentos decisivos você aparece, você faz alguma coisa diferente?" E não, não faço nada. Eu acho que tenho que ter o mesmo respeito por todas as equipes, minha preparação é normal para todos os jogos. Espero que no tempo normal a gente possa decidir a partida, nos pênaltis é muito relativo, tem a parte psicológica, do jogador também, não depende só do goleiro. Mas se a pergunta é sobre decidir nos pênaltis ou no tempo normal, eu prefiro no tempo normal – disse o camisa 12, que ainda completou:

Todos são protagonistas quando o time é vencedor. Quantas bolas eu não defendi porque meu zagueiro bloqueou ou quantas não chegaram ao gol porque os volantes e atacantes deram combate. Não gosto muito desse rótulo de protagonista, o time é protagonista. Quando a equipe é vitoriosa, o mérito é de todos.

Na decisão deste sábado, Cássio vai atingir uma importante marca pelo Corinthians. Ele chegará a 469 jogos pelo clube e entrará no top-10 dos atletas que mais defenderam o clube.

Além disso, o goleiro pode se tornar o jogador com mais títulos pelo Timão, ao lado de Marcelinho Carioca.

Fico muito feliz. Eu fiquei sabendo, o pessoal da assessoria me falou. Estamos tão focados para essa decisão, que eu não sabia. Eu sabia que ia chegar, mas não sabia que seria nesse jogo. Para mim, é um... não tem como falar. Eu só tenho a agradecer a Deus por tudo o que aconteceu na minha vida. Nem nos meus melhores sonhos eu imaginei tudo o que tem acontecido. É lógico que trabalhei e vou trabalhar bastante para novas marcas, vou me dedicar, mas é um momento feliz, em que tu olha para trás e começa a lembrar de todo mundo que te ajudou e esteve ao seu lado. Também lembro das críticas porque faz o jogador evoluir. Não sou um cara de me esconder. Tem críticas construtivas e que faz a gente evoluir como pessoa, como atleta, em todos os sentidos – declarou o goleiro, que ainda prosseguiu:

É um momento de alegria, fazer história num clube tão grande como o Corinthians é diferente. Agradeço a todos que me apoiaram. Espero que possa bater novas marcas. Esses feitos que vêm acontecendo comigo eu só vou ter noção quando parar de jogar futebol, agora não tenho muita noção. Mas fico feliz de estar entre os 10 mais que jogaram pelo Corinthians.

Cássio acumula nove títulos com a camisa alvinegra: quatro paulistas (2013, 2017/18/19), dois brasileiros (2015 e 2017), uma Libertadores (2012), uma Recopa (2013) e um Mundial (2012).

Veja outros trechos da entrevista de Cássio nesta sexta-feira:

Chance de tetra

É muito legal, estou muito feliz, mostra a força do Corinthians, muitas vezes desacreditado. Com trabalho e empenho conseguimos chegar nessas finais. Mas primeiro precisamos conquistar esse título, será um jogo dificílimo. Vamos tentar fazer um grande jogo e, se Deus quiser, conquistar esse título. Mas é muito legal chegar nas finais, o Paulista é muito disputado, tem cinco equipes da Série A. É muito difícil enfrentar equipes do interior, pois têm jogadores da Série A, Série B. Fico feliz de chegar em mais uma final.

Grupo unido
Esses meninos da base e que chegaram agora são muito tranquilos, bem família, focados. Os meninos que subiram da base são bem focados. O nível de treinamento dos jogadores que não vêm atuando é muito alto, são jogadores que sabem que têm que estar bem, pois são muitos jogos no campeonato. O Éderson vem tendo um trabalho bom, mas é tudo fruto dele, da dedicação. O Corinthians é muito equipe, não tem alguém que se sobressaia, todo mundo é importante. Eu, Fagner, Gil... ninguém tem regalia, todo mundo se respeita da mesma maneira. Quando um jogador chega e vê esse ambiente, se sente mais à vontade. Mas a gente é bem franco, avisa quando o negócio não tá legal. Creio que no Corinthians seja diferente, é uma pressão maior. Já vimos jogadores renomados que não conseguiram jogar no Corinthians. E outros sem tanta badalação que conseguiram fazer um bom trabalho. Eu sou uma prova disso.

Homenagem a profissionais da saúde e vítimas da Covid-19
A gente vive, não só no futebol, um momento difícil por conta da Covid-19. Não só no Brasil, mas o mundo inteiro mudou o jeito de viver, de encarar o dia a dia. Você fica muito restrito a regras, nós mesmos estamos trancados aqui há um bom tempo. Lógico que estar perto da família depois de sair vitorioso é muito legal, dar um abraço na esposa e nos filhos. Para o nosso torcedor corintiano é tentar fazer um grande jogo e homenagear essas pessoas também. Vamos batalhar muito e não tem como não homenagear essas pessoas que estão na linha de frente batalhando. Vemos hospitais lotados e essas pessoas lá lutando para salvar vidas. Eu nem gosto muito quando aparece que eu fiz doação, porque faço de coração, não para aparecer. O que eu puder fazer, pode ter certeza que vou fazer. Lá atrás eu precisei e muita gente me ajudou.



Weverton
Eu não conheço muito ele pessoalmente, nunca tive contato, mas parece ser um cara bacana, super do bem. Lembro da época do Athletico, ele esteve aqui, fez a base no Corinthians, o Júlio falava super bem dele. Teve uma passagem pelo Athletico, foi vitorioso, no Palmeiras está sendo regular. Não à toa, vem sendo convocado para a seleção. Esse negócio de rivalidade por vaga na seleção é relativo, todos os jogadores são rivais e querem ir para a seleção. Ele é um grande goleiro do futebol brasileiro, joga num grande clube, um jogador que eu respeito muito. No último jogo a gente acabou se estranhando, foi um empurra-empurra, mas quando acabou o primeiro tempo a primeira coisa que fiz foi pedir desculpa para ele. É difícil goleiros terem problemas, nossa classe é bem unida, mas não tenho nada para falar do Weverton, é um cara que eu respeito e que é merecedor de tudo o que vem acontecendo na vida dele.


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