A gestão liderada por Andrés Sanchez no Corinthians ainda tem esperança de que o Conselho Fiscal (CF) e, principalmente, o Conselho de Orientação (Cori) do clube emitam novos pareceres antes da votação no Conselho Deliberativo sobre as contas de 2019.
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Após admitir o erro na inserção dos números que envolvem o acordo judicial com J.Malucelli referente ao processo que tem Jucilei como protagonista, a administração corintiana espera que a sugestão de reprovação de ambos os órgãos seja revista.
O balanço corrigido deve ser entregue ao Conselho Fiscal nos próximos dias. O Cori, portanto, será obrigado a apreciar o documento na sequência.
A definição da aprovação ou não cabe ao Conselho Deliberativo, mas Andrés sabe que as posições tanto do CF quanto do Cori são fundamentais, pois gozam de prestígio dentro do clube e são altamente influentes.
Existe a possibilidade do Cori, inclusive, se manifestar na mesma reunião do CD, instantes antes da votação para aprovação ou reprovação do balancete 2019. Tal encontro deve acontecer em agosto, mas ainda não tem data confirmada.
O Corinthians apresentou um déficit recorde de R$ 177 milhões e este valor deve subir até alcançar, aproximadamente, R$ 195 milhões.
Tese sobre a dívida
Na quinta-feira, Andrés fez questão de divulgar, não só aos órgãos internos como também ao público, o balanço semestral de 2020, que apresentou um superávit de R$ 4,39 milhões. A intenção é desconstruir o cenário “desesperador” sobre as finanças alvinegras.
Na sexta, o Corinthians soltou uma nota oficial para reforçar que reconhece uma dívida acumulada de R$ 610,4 milhões, e não de mais de R$ 900 milhões, por desconsiderar valores que serão debitados após a entrada de receitas previstas.
“Em relação ao balanço dos primeiros seis meses de 2020 divulgado ontem pelo clube, convém ressaltar que o Corinthians é credor de valores já demonstrados no ativo circulante, da ordem de R$ 293,9 milhões. Tais valores poderão ser utilizados para quitação de compromissos registrados no passivo, tão logo estejam disponíveis no fluxo de caixa. Sendo assim, quando considerados ativos e passivos em conjunto, as obrigações financeiras que o clube ainda teria por quitar perfazem o montante de R$ 610,4 milhões”, diz texto da nota assinada pela diretoria financeira.
Clima quente
Todo este bastidor ganha peso pelo fato do Corinthians viver um ano eleitoral. Dia 28 de novembro, os sócios do clube vão eleger o presidente para o próximo triênio. Mário Gobbi é o favorito pela oposição, que também tem Augusto Melo como candidato. Paulo Garcia é outro postulante, enquanto o grupo que está no poder atualmente ainda não decidiu se lançará um nome ou se anunciará apoio a um dos candidatos já confirmados ao pleito.
Corinthians, timão, contas, 2019, Andrés Sanchez
Hummmm! Cheiro de ?? no ar.