Trinta anos atrás, durante a disputa do Campeonato Brasileiro de 1990, o Corinthians vivia nova fase de ascensão após um semestre de muitos altos e baixos. Com o brilho do seu principal craque, o meia Neto, a equipe alvinegra chegava à semifinal do torneio.



O Alvinegro teve um desempenho errático em parte do nacional. Começou com três resultados ruins, mas se recuperou e conquistou seis vitórias e um empate. Depois, teve novo momento em baixa, com cinco empates e uma derrota. Mas novamente venceu um clássico e mais uma partida, que ao final da última rodada da segunda fase, o classificou para os playoffs.

Nas quartas de final, a equipe alvinegra venceu o Atlético-MG no primeiro jogo, por 2 a 1 de virada no Pacaembu – Neto marcou os dois gols corinthianos. E na partida de volta, um empate por 0 a 0 classificou o Timão para a semifinal. O adversário seria o Bahia, que havia terminado em terceiro colocado na segunda fase do Brasileiro – o Coringão ficou em sétimo.

O técnico Nelsinho Baptista decidiu escalar uma equipe semelhante àquela que entrou em campo nas partidas contra o Atlético-MG no mata-mata anterior: Ronaldo; Giba, Marcelo Djian, Guinei e Wilson Mano; Marcio Bittencourt, Tupãzinho, Neto; Fabinho, Paulo Sérgio e Mauro foram os titulares alvinegros no Pacaembu em um chuvoso dia 06 de dezembro de 1990.

A exemplo da partida de ida das quartas de final, o Alvinegro mais uma vez começou mal o jogo e levou um gol no segundo minuto. De falta, Wagner surpreendeu Ronaldo e abriu o placar. Assim, o Timão precisou reagir rápido. E o fez: aos 12, Neto cobrou falta perfeita no ângulo e o goleiro espalmou. Na cobrança de escanteio, o camisa 10 levantou na segunda trave para Giba, que cabeceou para o meio e Paulo Rodrigues fez contra.

Com o empate rápido, o Corinthians voltava a obter o controle do jogo. Wilson Mano, chutando de fora da área, e Paulo Sérgio, em cabeçada e depois em chute de muito longe, chegaram perto de marcar. Mas quem começaria o segundo tempo brilhando seria Ronaldo. Em cobrança de falta na área, Charles cabeceou e o goleiro fez grande defesa, mantendo o empate.

O ponta-direita Fabinho ainda teria mais duas chances de gol, uma de fora da área e outra à queima-roupa, em rebote de chute de Neto que o goleiro espalmou. Mas seria o camisa 10 quem viraria o jogo. Em grande fase, ele cobraria nova falta no pé da trave que o goleiro espalmaria. E em seguida, teve nova falta que chutaria da mesma forma: ela quicou à frente do goleiro e entrou, fazendo 2 a 1 e dando números finais para o jogo.



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