Conselheiros do Corinthians, membros da "Frente Liberdade Corinthiana", enviaram nesta quinta-feira um requerimento ao presidente do clube, Andrés Sanchez, pedindo esclarecimentos sobre o dinheiro da venda de Pedrinho ao Benfica, de Portugal.
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Eles querem saber detalhes da antecipação de quase R$ 120 milhões que o Corinthians acertou com um banco estrangeiro.
Precisando de dinheiro, o Timão usou os 20 milhões de euros que tem a receber do Benfica de forma parcelada como garantia para a obtenção de um empréstimo do mesmo valor, mas à vista.
No requerimento, os membros da "Frente Liberdade Corinthiana" pedem detalhes dessa operação, como taxa de juros e prazo para pagamento. Eles também questionam sobre o acordo com o empresário Will Dantas, dono de 30% dos direitos econômicos de Pedrinho, que concordou em receber a parcela que tem direito apenas em 2021.
Além disso, os corintianos questionam se o Conselho de Orientação (CORI) autorizou essa antecipação financeira e indagam a relação da venda de Pedrinho com a compra de Yony González junto ao Benfica.
No requerimento, a "Frente Liberdade Corinthiana" menciona as dificuldades financeiras do clube, que fechou 2019 com R$ 665 milhões em dívidas. Por fim, eles dão prazo de cinco dias para a diretoria se manifestar.
Tendo sofrido um corte considerável das receitas, o Corinthians usará parte do dinheiro da venda de Pedrinho para despesas correntes, como pagamentos de salários de jogadores e funcionários, contas do clube social e impostos.
Outra parte será usada para quitar débitos antigos, como parte dos R$ 110 milhões que o clube deve em Imposto de Renda e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O último balanço financeiro do Corinthians também aponta quase R$ 50 milhões atrasados em direitos de imagem de atletas.
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