O Corinthians irá prorrogar a redução de salário dos seus funcionários. O corte de 70% nos vencimentos, implementado no fim de abril, será estendido por mais dois meses, de acordo com apuração da reportagem do UOL Esporte.
A postura corintiana ocorre em meio à paralisação do futebol brasileiro devido à pandemia do novo coronavírus. A prorrogação da redução dos salários dos jogadores dos times profissional, de base e feminino, a princípio, não deve acontecer. A medida, porém, não está descartada.
Para tentar minimizar os efeitos da paralisação, o Corinthians ainda vai implantar uma redução de custos em departamentos do clube. A ideia é que cada setor corte até 50% dos custos operacionais. A medida foi definida numa reunião ocorrida na última terça-feira (26).
O clube alvinegro, que já estava em crise financeira, com déficit de R$ 177 milhões em 2019, tem sofrido com a redução de receitas. Cinco dos nove patrocinadores, por exemplo, deixaram de pagar, enquanto quatro estão repassando 25% do total.
A receita mais importante do clube, de TV, teve queda de 70% a partir do mês passado. A expectativa é que o corte seja maior e junho. Sem bilheteria desde maio de 2014, o Corinthians ainda viu queda na receita de sócio-torcedor.
O clube se baseou na Medida Provisória 936, que prevê que os cidadãos que tiveram redução de jornada e salários sejam contemplados por um auxílio do governo. Ele será repassado com base no seguro-desemprego do funcionário.
Quando implantou a medida há um mês, o Corinthians disse que as medidas de redução proporcional de jornada de trabalho e salário visam manter o emprego dos colaboradores durante a pandemia. "Aplica-se a todos os funcionários do clube e visa manter o emprego dos colaboradores durante o período de crise", ressaltou, em nota, na ocasião.
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