Eram 17 minutos do segundo tempo. Alessandro tenta um passe e é desarmado por Diego Souza. O meia parte em velocidade, livre, escolhe o canto e chuta... para defesa de Cássio com a ponta dos dedos. O Pacaembu, que ficou calado por segundos intermináveis, explode como se fosse um gol.
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Este lance que não sai da cabeça de torcedores do Corinthians, do Vasco e até de outros times completou neste sábado oito anos. O fim da história todos sabem. O Timão marcaria no fim com Paulinho, eliminaria os cariocas nas quartas de final da Libertadores de 2012 e seguiria rumo ao título inédito.
Mas o que teria acontecido se aquela bola entrasse? O time paulista provavelmente seguiria sendo alvo de gozação dos rivais por não ter a conquista continental. E o Vasco? Teria forças para faturar o título e evitar uma década de pouquíssimas alegrias?
Essa pergunta persiste tanto que Diego Souza foi parar nos assuntos mais comentados no Twitter oito anos depois do ocorrido. Há quem culpe este lance não só pela festa corintiana em 2012 ou pela tragédia vascaína, mas também pelas mudanças de rumo na política brasileira e até pelo surgimento da pandemia do novo coronavírus.
Confira algumas reações:
O que Cássio e Diego Souza dizem sobre o lance?
O ídolo corintiano já chegou a declarar em entrevista à Fox Sports que considera aquela defesa a mais importante da carreira. "
Eu ainda estava me firmando naquele momento", disse o camisa 12. "
Daqui uns dez anos, quando falarem no meu nome, acho que é esse lance que vai vir sempre na cabeça do corintiano".
Em março, antes da paralisação do futebol, Diego narrou o lance em entrevista à TV Globo. "
Eu pego uma bola que eu proporcionei. Eu pressiono, eu ganho. Eu saio correndo 70 metros e venho pensando no que vou fazer: vou tirar do goleiro. Pode ver que eu diminuo a velocidade. Tirei, mas ele foi feliz", lamentou.
Cássio e Diego Souza seguiram a vida após o lance histórico. O goleiro de 32 anos não deixou o Timão, enfileirou taças e já é considerado um dos maiores ídolos do clube.
Já o meia-atacante de 34 anos saiu do Vasco no meio daquele ano e rodou por vários clubes (Al-Ittihad, Cruzeiro, Metalist, Sport, Fluminense, São Paulo e Botafogo). Agora, disputa a Libertadores deste ano pelo Grêmio - em busca de um desfecho melhor que aquele de 2012 que o persegue até hoje.
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