Felipe Melo ganhou uma nova função nesta temporada, ao ser deslocado para a zaga do Palmeiras pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. Volante, ele tem buscando referências em grandes nomes para dar conta do recado. Vale até ver vídeos de ídolos de Boca Juniors e Corinthians.



“Vi muito o Schiavi. Coloco vídeos dele no Youtube. Falei há pouco tempo que era um cara que eu gostava muito quando via o Boca jogar. Tenho vídeos do Gamarra e do Clebão”, disse Melo em entrevista para o jornalista André Hernan, do “GloboEsporte.com”.

Rolando Schiavi é uma lenda no Boca Juniors, onde jogou de 2001 até 2005 e depois de 2011 até 2012. Foi três vezes campeão do Argentino e uma vez da Copa da Argentina. Ainda venceu a Copa Libertadores, a Copa Sul-Americana, a Recopa Sul-Americana e o Mundial de Clubes.

O mineiro Cleber foi zagueiro do Palmeiras no início da era Parmalat, nos anos 90, tendo conquistado duas vezes o Campeonato Brasileiro, duas vezes o Paulistão, uma vez a Copa do Brasil, outra a Copa Mercosul e outra Copa Libertadores. Era conhecido pela força e raça.

Já o paraguaio Gamarra jogou na dupla Corinthians (1998-1999) e Palmeiras (2005-2006), mas é ídolo mesmo no Parque São Jorge. Foi o capitão nas conquistas do Brasileiro de 1998 e do Paulista de 1999, sendo vendido logo depois para o Atlético de Madrid, da Espanha. A marca maior dele era ser um defensor combativo, mas que fazia poucas faltas e quase nunca era expulso.

Gamarra não foi campeão pelo time alviverde e acabu dispensado no segundo semestre de 2006.

“Vi alguns [vídeos] do Cannavaro. Tenho visto muitos vídeos de um cara que gosto muito, joguei muito anos com ele e falei que seria um dos melhores do mundo, que é o Bonucci, por causa do passe. Um tem melhor porte físico, chega mais junto, outro mais técnico, outro com tempo de bola impressionante, que é o Cannavaro”, acrescentou Felipe Melo na resposta ao portal.

Fabio Cannavaro foi titular na seleção da Itália, inclusive campeão do mundo em 2006. Teve uma carreira de sucesso especialmente no Parma e no Real Madrid.

Já Bonucci é um ídolos atuais da torcida da Juventus, companheiro de Giorgio Chiellini, defensor que acusou Felipe Melo de ser “a maçã podre” do time entre 2009 e 2011.

“Venho para um setor em que não posso perder a bola. No meio, se eu perdesse [a bola], tinha o zagueiro. Agora só tenho o goleiro. Tem que estar preparado para todas as situações”, completou Melo, que também disse assistir vídeos de atacantes para estudar.

“Tenho visto dos atacantes em geral no Brasil. Vi de atacante do Bragantino, do São Paulo. Vamos voltar a enfrentá-los, se Deus permitir que volte o Paulista. Tenho meus ídolos. Cresci vendo Romário jogar futebol. Baixinho marrento, mas fazia gol para caramba, era fera. Eu gostava muito do Shevchenko. Parecia lento, mas fazia gol de todo jeito. Gostava muito do Raúl. Ronaldo Fenômeno. Sempre gostei de ver o Bergkamp, do Arsenal. Van Nistelrooy. Um de velocidade, outro que segurava mais a bola, outro que acreditava em todas. Mas sobretudo do Romário, porque sempre foi uma inspiração, apesar de eu jogar atrás”, disse o agora zagueiro.

Volta do futebol
Felipe Melo também disse estar ansioso para retomar a rotina do futebol. Até disse a ser favorável à volta das competições durante a quarentena pelo novo coronavírus, mas pregou responsabilidade.

“Eu sou a favor da volta ao futebol. Sempre fui a favor da volta com segurança. Com segurança para todos e não apenas para os atletas de futebol, porque envolve todo um estafe. Nós temos pessoas do nosso estafe que fazem parte do grupo de risco. Tem que ter o bom senso de primeiro voltar a treinar, mas com toda a segurança”, disse o jogador do Palmeiras.

“Mas sou a favor da volta e vou falar outro motivo. Acho que, para manter as pessoas dentro de casa, você jogando futebol, tendo um joguinho na televisão, acho que vai ajudar bastante as pessoas a ficarem em casa. Mas, claro, todo mundo com todas as precauções e todas as situações que sejam importantes. E claro, né? Com o aval do pessoal da saúde, governo, prefeitura.”



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